Portugueses estão a consumir menos água da torneira

Quatro em cada cinco empresas de abastecimento registou quedas de vendas em 2011. A explicação pode estar na crise.

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O estudo Água e Saneamento em Portugal: o Mercado e os Preços traça um quadro de todas as entidades gestoras do país e conclui que 63% tiveram quebras nas vendas – de 1% a 6,2%. Aí estão misturadas, porém, entidades que vendem a água “em alta” (da captação até aos reservatórios) e “em baixa” (dos reservatórios às torneiras). Considerando-se apenas o abastecimento “em baixa”, houve quebras em 81% das empresas gestoras.

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O estudo Água e Saneamento em Portugal: o Mercado e os Preços traça um quadro de todas as entidades gestoras do país e conclui que 63% tiveram quebras nas vendas – de 1% a 6,2%. Aí estão misturadas, porém, entidades que vendem a água “em alta” (da captação até aos reservatórios) e “em baixa” (dos reservatórios às torneiras). Considerando-se apenas o abastecimento “em baixa”, houve quebras em 81% das empresas gestoras.

As famílias e as empresas estão a consumir menos “por bons e por maus motivos”, afirma Sérgio Hora Lopes, da comissão de peritos da APDA responsável pela elaboração do estudo. “Muitos começam a ir buscar água aos poços, água não- controlada. Tenho conhecimento de um infantário que juntou água do poço com água da companhia e isto é um problema, pode gerar uma situação muito complexa e até de saúde pública”, completa Hora Lopes, citado pela agência Lusa. <_o3a_p>

Também há mais portugueses em dívida com as facturas da água. De todas as entidades gestoras consultadas no estudo, 59% declararam que as dívidas aumentaram em Dezembro de 2011, em relação ao mesmo mês do ano anterior.<_o3a_p>

Por outro lado, a factura sofreu um aumento significativo nos últimos anos. Entre 2003 e 2011 houve, em média, um aumento de 3,3% para o abastecimento de água e 9,6% para o serviço de saneamento.<_o3a_p>

O preço da água continua a apresentar uma grande disparidade em diferentes pontos do país. A média mais baixa é da Madeira (0,85 euros por metro cúbico) e a mais alta de Lisboa (1,71 euros), calculada para um consumo de 120 metros cúbicos por ano.<_o3a_p>

Para este nível de consumo, as famílias pagam um preço médio de 113 euros por ano pela água e 73 euros pelo saneamento, segundo o estudo da APDA. Os números estão muito próximos de outra avaliação recente, feita pela Entidade Reguladora para os Serviços de Águas e Resíduos, segundo a qual a factura anual média é de 118 euros para a água e 68 euros para o saneamento.<_o3a_p>