Proposta sobre utilização de fosfatos no bacalhau pode chegar em 2013
Islândia e Noruega querem introduzir químicos no bacalhau para lhe dar uma cor mais branca mas dizem que estes produtos não seriam para o mercado português.
“A Comissão ainda está em contactos com as autoridades portuguesas” sobre a possível adição de químicos no processo de salga de bacalhau, afirmou em resposta à agência Lusa o porta-voz do executivo comunitário para a Saúde e Protecção dos Consumidores, Frédéric Vincent.
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“A Comissão ainda está em contactos com as autoridades portuguesas” sobre a possível adição de químicos no processo de salga de bacalhau, afirmou em resposta à agência Lusa o porta-voz do executivo comunitário para a Saúde e Protecção dos Consumidores, Frédéric Vincent.
O mesmo responsável adiantou que uma “proposta pode ser apresentada no início de 2013”.
A 12 de Setembro, a Comissão Europeia adiou a votação da proposta sobre utilização de fosfatos no bacalhau e, nessa altura, teve início um processo de negociação com Portugal tendo em vista a definição de medidas que atenuem o impacto desta alteração legislativa sobre a indústria portuguesa.
Em causa está uma proposta da Islândia e da Noruega que visa obter a autorização da União Europeia (UE) para introduzir aditivos alimentares no bacalhau de salga húmida (cura tradicional).
Os subscritores da proposta dizem que a intenção é usar os fosfatos, que dão uma cor mais branca ao peixe, nos produtos que se destinam apenas a determinados segmentos do mercado europeu, nomeadamente Espanha e Grécia.
A Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB) e o Governo português intensificaram a pressão sobre Bruxelas para minimizar os efeitos desta alteração legislativa sobre a indústria portuguesa.
Os noruegueses têm negado, no entanto, que a introdução de fosfatos comprometa o bacalhau português, garantindo que este conservante será aplicado apenas em produtos destinados a outros mercados.