Seguro diz que “derrapagem orçamental podia ser evitada”

Líder do PS diz que o Governo "não cumpriu o que prometeu aos portugueses" quando pediu "pesados sacrifícios".

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António José Seguro diz que o défice deve ficar acima dos 6% Foto: Enric Vives-Rubio

“A meta do défice para este ano era de 4,5% [depois revista em alta pelo Executivo para os 5%], portanto, já não vai ser” atingida, afirmou, argumentando que o défice deverá ficar “acima dos 6%”.

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“A meta do défice para este ano era de 4,5% [depois revista em alta pelo Executivo para os 5%], portanto, já não vai ser” atingida, afirmou, argumentando que o défice deverá ficar “acima dos 6%”.

Por isso, para António José Seguro, o Governo não cumpriu o que prometeu aos portugueses, no ano passado, quando pediu “pesados sacrifícios”, mas para “conseguir uma meta do défice de 4,5%”.

“Conseguiram? Não conseguiram”, afiançou o secretário-geral do PS, acrescentando que, “em casa, cada português que fez enormes sacrifícios, os 100 mil portugueses que já perderam, desde o início do ano, o seu posto de trabalho” estão a perguntar : “Sacrifícios para quê?”

Segundo Seguro, actualmente, “o défice não está controlado, a dívida aumentou, já vai em cerca de 120%, o desemprego é o maior da história” do país e “a economia está a cair”.

O líder socialista falava aos jornalistas em Vila Viçosa, durante uma visita a uma pedreira de extracção de mármore, onde foi questionado sobre os mais recentes dados da execução orçamental, divulgados na sexta-feira.

O défice da administração central e da Segurança Social atingiu os 8.145 milhões de euros em Outubro, segundo os critérios relevantes para a troika.

O boletim de execução orçamental da Direcção-Geral do Orçamento (DGO) mostra que o valor do défice público nos primeiros dez meses do ano já está muito próximo do total previsto para 2012: nove mil milhões de euros.

A receita fiscal caiu 4,6 % nos primeiros dez meses do ano por comparação com o mesmo período de 2011, indica igualmente o boletim.

Números que não surpreenderam António José Seguro, que defendeu que a “derrapagem orçamental podia ser evitada”, caso a aposta do executivo do PSD/CDS “fosse na economia e no crescimento em Portugal”.<_o3a_p>