Palavra "crime" motiva discussão acesa entre CDS e PCP
Líder parlamentar dos centristas desafiou deputado Jorge Machado do PCP a denunciar crime, se ele existe.
“Se há crime, denuncie”, desafiou Nuno Magalhães, dirigindo-se ao deputado comunista, durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2013.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Se há crime, denuncie”, desafiou Nuno Magalhães, dirigindo-se ao deputado comunista, durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2013.
O líder da bancada centrista questionou a presidente da Assembleia da República sobre se acha “normal” a linguagem utilizada. Nuno Magalhães afirmou que, pela sua parte, o CDS não irá tolerar a “arruaça” no Parlamento. Assunção Esteves declarou não se ter apercebido dos termos da intervenção do PCP e insistiu na auto-regulação dos deputados.
Na resposta, o líder da bancada comunista Bernardino Soares sustentou que a palavra crime é utilizada em sentido político e não penal.
“Não há crime em sentido político. Percebo que o deputado Bernardino Soares saiba o que é crime político, a KGB também sabia”, ripostou Nuno Magalhães. Bernardino Soares acusou a bancada do CDS de ter “arranjado este incidente” para “esconder” que “não tem defendido o Orçamento do Estado” ao longo da manhã.
A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares, Teresa Morais, pediu também a intervenção de Assunção Esteves e sublinhou que o Governo “está disponível para todos os debates, mas não para todos os insultos”.
A presidente da Assembleia insistiu na auto-regulação e deixou um apelo. “Venho pedir aos senhores deputados que mantenham o entusiasmo sem passar excessivamente à emoção. São duas coisas diferentes”, afirmou.