Israel e Hamas também combatem nas redes sociais

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Exército israelita e o braço armado do Hamas trocam ameaças no Twitter

Israel filmou o raide que matou o comandante militar do Hamas em Gaza, Ahmed al-Jabari. Pouco depois a notícia da morte estava no Twitter, o vídeo no YouTube.

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Israel filmou o raide que matou o comandante militar do Hamas em Gaza, Ahmed al-Jabari. Pouco depois a notícia da morte estava no Twitter, o vídeo no YouTube.

A guerra entre o Exército israelita e as Brigadas Ezzedin al-Qassam tem-se travado com disparos dos dois lados e com a colocação rápida dos sucessos nas redes sociais.

Mas não só: os dois chegam a falar directamente. Na conta de Twitter IDFspokesperson (porta voz das Forças Armadas israelitas) foi deixado um aviso: “Recomendamos que nenhum operacional do Hamas, sejam líderes de que nível for, se atrevam a aparecer nos próximos dias”.

Passado algum tempo as Brigadas al-Qassam deixam uma resposta: “As nossas mãos abençoadas vão atingir os vossos líderes e soldados onde quer que eles estejam (vocês abriram as portas do Inferno)”.

Terá Netanyahu apagado um tweet?

Por outro lado, os políticos também têm recorrido ao Twitter. E talvez se tenham arrependido do que escreveram, eventualmente apagando mesmo um comentário. O facto de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, poder ter apagado um tweet com um comentário agradecendo ao Presidente norte-americano, Barack Obama, o seu apoio inequívoco a Israel, fez correr rios de tinta.

O diário britânico The Guardian diz que o motivo da aparente retirada da mensagem poderá ter um motivo simples: o uso de “clear sided” para classificar o apoio – as expressões usadas são “one-sided” ou “clear”.

Também houve muita especulação em relação à aparente retirada de alguns vídeos do Exército israelita colocados no YouTube. Os vídeos foram repostos e nem o Exército nem o YouTube comentaram – mas o diário norte-americano Washington Post cita comentadores que acham que as imagens podem ter sido retiradas por violarem alguns termos de utilização. O YouTube proíbe “violência explícita ou gratuita”.

“Poderão as redes sociais censurar Governos?” pergunta o Post. O Twitter não autoriza, por exemplo, ameaças específicas e directas de violência”. Aparentemente, dizer a certas pessoas “não se atrevam a aparecer” ou “as nossas mãos vão atingir os vossos líderes e soldados” não se insere nesta categoria.