Gouveia investe em “caminho natural” que liga a Folgosinho e Manteigas

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GeObserver tem recebido contributos de quem reside na zona da Serra da Estrela mas não só Carla Carvalho Tomás/Arquivo

Segundo o presidente da autarquia, Álvaro Amaro (PSD), o investimento concretiza “um projecto histórico que faz jus à história de Gouveia enquanto cidade da Serra da Estrela e é um grande tributo à Serra da Estrela”.

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Segundo o presidente da autarquia, Álvaro Amaro (PSD), o investimento concretiza “um projecto histórico que faz jus à história de Gouveia enquanto cidade da Serra da Estrela e é um grande tributo à Serra da Estrela”.

O autarca justificou a importância do projecto rodoviário por permitir dar a conhecer aos visitantes da região “uma parte da serra pouco visitada, que é de uma rara beleza”, como a zona dos Casais de Folgosinho, onde existem pequenas quintas de montanha.

Referiu que a ideia do “caminho natural” surgiu por a Câmara de Gouveia considerar que a aposta no turismo “era uma componente importante para ajudar” a desenvolver “as terras do interior”, onde se insere.

A via, com cerca de 30 quilómetros de extensão, já existia, mas “era intransitável”, disse o autarca, explicando que a intervenção começou há cerca de cinco meses e deve ficar concluída dentro de um ano.

O projecto foi elaborado em “diálogo com o Parque Natural da Serra da Estrela”, por estar em causa “a preservação de pontos importantes” daquela área protegida.

Quando estiver concretizado passará a existir uma nova ligação rodoviária entre os concelhos de Gouveia e de Manteigas (Curral do Negro - Folgosinho - Covão da Ponte), facilitando “o acesso das pessoas e dos bens”, observou.

A estrada, com seis metros de largura, permitirá a passagem de carros e de autocarros, e será uma infraestrutura importante para “captar o turismo da Serra da Estrela”, por o seu traçado percorrer zonas emblemáticas, até aqui pouco acessíveis aos visitantes devido à escassez de acessibilidades.

Segundo informação da autarquia de Gouveia, o “caminho natural” vai ter duas áreas de estadia e lazer e um parque de merendas, “que se assumem como espaços de descanso e de contemplação da paisagem natural”.

É também salientada a recuperação e naturalização de 14 saibreiras, numa perspectiva de valorização ambiental e de recuperação da paisagem natural de montanha.

A obra representa um investimento global de cerca 2,4 milhões de euros e é comparticipada em 85 por cento pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).