Arménio Carlos conta com a maioria dos trabalhadores para a greve geral
De acordo com o líder da CGTP, nas “centenas de contactos” que foram feitos pelas estruturas sindicais, “os trabalhadores manifestaram o seu total apoio e disponibilidade para esta acção de luta, o que nos leva a crer que vamos ter uma grande greve geral”.
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De acordo com o líder da CGTP, nas “centenas de contactos” que foram feitos pelas estruturas sindicais, “os trabalhadores manifestaram o seu total apoio e disponibilidade para esta acção de luta, o que nos leva a crer que vamos ter uma grande greve geral”.
Arménio Carlos diz que existe “uma grande convergência” relativamente à greve geral que, salienta em entrevista à Lusa, “não é apenas uma greve geral da CGTP.
Para além dos sindicatos afectos à CGTP, um grande número de sindicatos independentes e de sindicatos filiados na UGT emitiram pré-aviso de greve para quarta-feira, facto que foi também referido por Arménio Carlos.
Apesar de a UGT não ter aderido à greve geral por considerar que esta é motivada por razões político-partidárias, várias das suas estruturas sindicais emitiram pré-aviso de greve para quarta-feira, em protesto contra as medidas de austeridades previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2013.
Os trabalhadores estarão também a aderir à jornada de luta europeia, convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos também para quarta-feira. Para dia 14, está marcada uma greve geral em Espanha, uma grave geral de quatro horas em Itália e manifestações em vários pontos da Europa.
“Vamos ter milhões de trabalhadores na Europa a dizer basta de austeridade, é preciso mudar de políticas”, afirmou o secretário-geral da CGTP.
Quarta-feira será também o dia da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2013. No entanto, Arménio Carlos defende que a greve-geral de dia 14 de Novembro “não tem só a ver com o Orçamento do Estado”.
“Temos uma visão global para as empresas e para as pessoas, defendemos crescimento económico para andar para a frente”, disse o sindicalista à Lusa.
Neste contexto, Arménio Carlos realçou que Portugal não tem futuro se continuar sujeito ao memorando de entendimento com os credores internacionais: “Enquanto tivermos este memorando, este país não tem futuro. A prova disso é que, passado um ano, temos um país mais pobre, temos um país progressivamente colonizado financeira e politicamente, o que fragiliza a democracia e põe em causa a democracia”.
Arménio Carlos acusou ainda o Governo de ser responsável pela situação do país e de não ter cumprido nenhuma das promessas que tem vindo a fazer aos portugueses, prometendo mais contestação social se o executivo continuar a “insistir nas mesmas políticas”.