Panos negros para Merkel
“Quando estávamos a colocar os panos no Chiado, um agente da polícia mandou-nos retirá-los. Quando explicámos o motivo da acção, ele perfilou-se e foi embora”
O movimento “Que se Lixe a Troika” não ficou indiferente à visita de Angela Merkel a Portugal. Para marcar a discordância com as políticas que têm sido aplicadas em Portugal, esta organização decidiu avançar com o protesto “A Merkel não manda aqui”, e colocou panos negros em volta de alguns monumentos, em espaços como o Largo de Camões, o Largo do Chiado, a Praça da Batalha ou a Torre dos Clérigos, entre outros.
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O movimento “Que se Lixe a Troika” não ficou indiferente à visita de Angela Merkel a Portugal. Para marcar a discordância com as políticas que têm sido aplicadas em Portugal, esta organização decidiu avançar com o protesto “A Merkel não manda aqui”, e colocou panos negros em volta de alguns monumentos, em espaços como o Largo de Camões, o Largo do Chiado, a Praça da Batalha ou a Torre dos Clérigos, entre outros.
“Este não é um movimento centralizado, pelo que não temos um relatório dos locais onde se encontram panos negros. Porto, Lisboa e Barreiro já têm monumentos onde o protesto está assinalado, mas acredito que haja mais cidades onde a nossa acção esteja replicada”, afirma Nuno Ramos de Almeida, do movimento “Que se Lixe a Troika”.
Segundo este membro da organização, a escolha desta forma de protesto centrou-se no seu potencial simbólico e na possibilidade de se “assinalar, no espaço público, a recusa das políticas falhadas da troika, recusa essa que pode ser partilhada por todas as pessoas”, garante.
Nuno Ramos de Almeida contou um episódio relacionado com a colocação dos panos. “Quando estávamos a colocar os panos no Chiado, um agente da polícia mandou-nos retirá-los. Quando explicámos o motivo da acção, ele perfilou-se e foi embora”, afirmou.
Relativamente a acções futuras, tudo dependerá, segundo Nuno Ramos de Almeida, “da vontade e da adesão das pessoas”.
Estão marcadas outras acções de protesto, como as da CGTP ou do “Movimento 12 de Março”.