Campanha de "tolerância zero" à caça da baleia no Japão

A campanha da Sea Shepherd deste ano é a mais ambiciosa da história da organização. Estarão envolvidos quatro navios, um helicóptero, três veículos aéreos não tripulados e cerca de 100 pessoas

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A Sea Shepherd antecipa a campanha com o objectivo de zero mortes de baleias este ano

“Tolerância zero” à caça às baleias é o que promete a organização não-governamental Sea Shepherd, que inicia nesta segunda-feira mais um jogo do gato e do rato com os navios baleeiros japoneses. A campanha da Sea Shepherd deste ano é a mais ambiciosa da história da organização, nascida há dez anos. Estarão envolvidos quatro navios, um helicóptero, três veículos aéreos não tripulados e cerca de 100 pessoas. 

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“Tolerância zero” à caça às baleias é o que promete a organização não-governamental Sea Shepherd, que inicia nesta segunda-feira mais um jogo do gato e do rato com os navios baleeiros japoneses. A campanha da Sea Shepherd deste ano é a mais ambiciosa da história da organização, nascida há dez anos. Estarão envolvidos quatro navios, um helicóptero, três veículos aéreos não tripulados e cerca de 100 pessoas. 

A campanha este ano foi antecipada em relação ao calendário habitual, pois os militantes da Sea Shepherd pretendem tentar abordar os navios baleeiros no Pacífico Norte, quando saírem do Japão, ao invés de os esperarem em águas do Oceano Antárctico. 

“A missão deste ano é começar o mais rápido possível (...) para impedi-los de matar uma baleia sequer ", disse à "AFP" o director da filial australiana da Sea Shepherd, Jeff Hansen. O Japão caça centenas de baleias todos os anos, alegadamente para fins científicos – uma das excepções da Comissão Baleeira Internacional à moratória à captura comercial adoptada em 1986.

Um barco dos "Simpsons"

O Governo japonês tem tentado abrir novas excepções à moratória, propondo que a caça comercial seja autorizada a algumas comunidades costeiras do país. Apesar da caça para fins científicos estar autorizada, em 2011 o Japão foi forçado a terminar prematuramente a sua actividade baleeira devido à pressão dos ambientalistas.

Capturou apenas 172 baleias, um quinto da sua meta. Em Março de 2012, voltou a acontecer o mesmo, e os navios voltaram com 266 baleias. A Sea Shepherd tem dito pouco acerca do possível envolvimento de Paul Watson, o fundador da organização, na campanha agora lançada.

Detido no aeroporto de Frankfurt a 13 de Maio, Watson esteve sob prisão domiciliar, mas fugiu depois de saber que seria extraditado para a Costa Rica, devido a um processo relacionado com protestos contra a pesca do tubarão. Normalmente, Watson é que está ao comando de um dos navios da Sea Shepherd, mas agora não se sabe em qual poderá estar.

“Eu seria mais específico sobre o navio mas esta informação deve ser mantida em segredo", escreveu ele em Junho no site da organização. Além dos navios "Steve Irwin" e "Brigitte Bardot", a frota do Sea Shepherd é composta este ano pelas embarcações "Bob Barker" e "Simon Sam", esta última com nome de um dos produtores originais de "Os Simpsons", que financiou a compra do navio, anteriormente detido pelo governo alemão.