Ruy de Carvalho recebe Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique

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Actor celebra 70 anos de carreira Foto: Nuno Oliveira/Arquivo

O actor está a celebrar 70 anos de carreira artística e, no ano passado, quando a actriz Eunice Muñoz fez 70 anos de teatro, também Aníbal Cavaco Silva lhe atribuiu igual condecoração.

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O actor está a celebrar 70 anos de carreira artística e, no ano passado, quando a actriz Eunice Muñoz fez 70 anos de teatro, também Aníbal Cavaco Silva lhe atribuiu igual condecoração.

Presença regular nos elencos das telenovelas e seriados televisivos nacionais, Ruy de Carvalho estreou-se, como amador, em 1942, no Grupo da Mocidade Portuguesa, com a peça “O Jogo para o Natal de Cristo”, encenada por Francisco Ribeiro, conhecido como Ribeirinho.

Frequentou em seguida o Conservatório Nacional. Em 1947, pisou pela primeira vez o palco do Nacional D.ª Maria II, em Lisboa, integrando o elenco da companhia Rey-Colaço/Robles Monteiro.

Passou depois pelo Teatro Avenida, em Lisboa, pela companhia Rafael Oliveira e pelo Teatro Monumental, onde contracenou com Laura Alves, pelo Teatro do Povo e, em 1961, integrou o Teatro Moderno de Lisboa, com sede no Cine-Teatro Império.

Antes, em 1957, o actor protagonizou a primeira peça apresentada na televisão, em Portugal, o “Monólogo do vaqueiro”, de Gil Vicente, quando da criação da RTP.

Em 1963, assumiu a direcção artística do Teatro Experimental do Porto, onde realizou a única experiência como encenador, em “Terra Firme”, de Miguel Torga.

O actor integrou outras companhias, nomeadamente a residente do Teatro Maria Matos, em Lisboa, com a qual realizou digressões ao Brasil e às ex-colónias portuguesas, em África.

Participou na primeira telenovela portuguesa de produção portuguesa, “Vila Faia” (1982), realizada por Nuno Teixeira.

Em 1998, dirigido por Richard Cotrell, protagonizou “Rei Lear”, de William Shakespeare, no âmbito das celebrações do 150.º aniversário do Teatro Nacional.

Em Espanha, participou no concerto de encerramento da temporada do Teatro Monumental de Madrid, “Orfeu”, com textos de Fernando Pessoa e música de Pablo Rivière, a convite do encenador Simon Suarez, protagonizou “Fígaro”, de José Ramon Encinar, no Teatro Lírico La Zarzuela, na capital espanhola.

O filme “Eram 200 irmãos” (1951), de Armando Vieira Pinto, marca a sua estreia no cinema.

A condecoração que será imposta por Aníbal Cavaco Silva irá juntar-se à Comenda e ao Grande Colar da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada que Ruy de Carvalho recebeu, respectivamente, em Fevereiro de 1998 e em Março de 2010, ao grau de comendador da Ordem do Infante, que recebeu em Junho de 1993, e à Medalha de Mérito Cultural, atribuída pela Secretaria de Estado da Cultura, em 1990.