Passos quer “refundação” do acordo com a troika
No final das primeiras jornadas parlamentares conjuntas de PSD e CDS-PP, que decorrem na Assembleia da República, afirmou que para alguns “ficou implícito que uma reforma mais profunda do Estado” poderia ser feita depois do cumprimento do programa de ajustamento. “Não é verdade”, acrescentou.
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No final das primeiras jornadas parlamentares conjuntas de PSD e CDS-PP, que decorrem na Assembleia da República, afirmou que para alguns “ficou implícito que uma reforma mais profunda do Estado” poderia ser feita depois do cumprimento do programa de ajustamento. “Não é verdade”, acrescentou.
Salientou então que para cumprir esta reforma é necessária uma “refundação, não uma negociação” do programa de ajustamento da troika, desafiando, ainda que de forma indirecta, o PS a participar na tal “refundação”, salientando que ela deve "comprometer todos aqueles que assinaram ou negociaram o memorando de entendimento".
Em nenhuma ocasião explicou, porém, o que significa essa “refundação”. “O Estado só deve fazer aquilo que faz bem, e deve fazer muito melhor aquilo que não pode deixar de fazer”, afirmou.
O primeiro-ministro voltou a salientar que pedir mais tempo para cumprir o pagamento da dívida é adiar por mais anos o regresso do país aos mercados.
No início do discurso, Passos Coelho falou para a oposição, afirmando que quem quiser escolher um caminho contrário ao do Governo tem de “explicar como o vai financiar”.
Com Paulo Portas ao seu lado, o líder do Executivo pediu aos deputados que expliquem com verdade aos portugueses o caminho que o Governo está a fazer e que digam que têm confiança nas medidas que estão a ser tomadas.
“A nossa obrigação é vencer esta crise, sejamos do PSD ou do CDS”, acrescentou.
Já no final, lembrou que não foram os partidos que formam o Governo que criaram a crise, mas manifestou confiança de que o CDS e o PSD serão “parceiros fortes para tirar o país da crise”.