A presidente do Conselho de Administração, Maria João Pais, dirigiu uma circular a todos os funcionários do Hospital de Santa Cruz (HSC) e do Hospital Egas Moniz (HEM), na manhã da passada segunda-feira, que informava que o parque de estacionamento, antes gratuito e exclusivo dos trabalhadores do hospital, passa a partir da meia-noite de 1 de Novembro a estar aberto ao público mediante um pagamento. Aos funcionários, é exigida a uma mensalidade.

A razão do pagamento pode ler-se na circular: “a reorganização daqueles espaços, por forma a melhorar a circulação na área circundante destes hospitais e a criar condições de acessibilidade que contemplem todos os potenciais utilizadores”. A administração determinou conceder a exploração do parque do HSC e do HEM à empresa PA parques.

O parque do HSC foi construído e financiado pela Câmara Municipal de Oeiras. O assunto foi colocado à consideração do presidente Isaltino Morais na passada segunda-feira pela comissão de trabalhadores do HSC.

Como resposta, o presidente efectuou um despacho ao Departamento de Polícia Municipal e Protecção Civil no qual referia que estavam “a ser instalados equipamento de parqueamento pago sem qualquer licenciamento camarário”, acrescentando que “para o Hospital levar por diante os seus intentos deverá em primeiro lugar indemnizar o Município pelos custos que suportou na construção do estacionamento” e exigindo a retirada do equipamento já instalado.

A mensalidade de 40 euros revoltou os trabalhadores do HSC. A enfermeira do serviço de cardiologia do hospital, Sofia Cerveira, queixa-se: “Não houve melhoras nestas ditas obras que façam valer a pena pagar por elas. Continua a haver buracos nas vedações, falta de luz. O parque continua a ser muito perigoso, a única coisa que fizeram foi as cancelas. Eu venho de Carcavelos para aqui todos os dias trabalhar, já gasto muito dinheiro em combustível e portagens, não posso pagar ainda mais 40 euros mensais”.

Como protesto, está já marcada uma concentração de funcionários do HSC para amanhã às 11 horas, à porta do hospital, organizada pela comissão de trabalhadores. O representante da comissão, Jorge Dickson, diz ter convocado a concentração por achar “o pagamento do estacionamento inaceitável e uma barbaridade”. Continua: “a administração resolveu isto sem nos contactar, não responde às nossas cartas. Há ordenados aqui de 500 euros, como vão pagar a mensalidade? A zona do hospital é muito escassa de estacionamento, tudo o que há é com parquímetros, e a nível de transportes públicos só há os autocarros da Vimeca que deixam de fazer viagens relativamente cedo para quem faz turnos aqui no hospital”.

No Hospital Egas Moniz, segundo Henrique Passos, do departamento de comunicação, não houve reacções ao sucedido.

Contrariamente ao explicitado na circular de "avenças mensais para funcionários de €40,00/mês", Paula Flores, do Gabinete de Comunicação e Imagem, em nome do Conselho de Administração, disse via e-mail ao PÚBLICO que "haverá um parque público sujeito a pagamento e uma área de aparcamento livre e gratuito para os funcionários do Hospital de Santa Cruz".

Notícia actualizada às 16h50 com declarações em nome do Conselho de Administração

A presidente do Conselho de Administração, Maria João Pais, dirigiu uma circular a todos os funcionários do Hospital de Santa Cruz (HSC) e do Hospital Egas Moniz (HEM), na manhã da passada segunda-feira, que informava que o parque de estacionamento, antes gratuito e exclusivo dos trabalhadores do hospital, passa a partir da meia-noite de 1 de Novembro a estar aberto ao público mediante um pagamento. Aos funcionários, é exigida a uma mensalidade.

A razão do pagamento pode ler-se na circular: “a reorganização daqueles espaços, por forma a melhorar a circulação na área circundante destes hospitais e a criar condições de acessibilidade que contemplem todos os potenciais utilizadores”. A administração determinou conceder a exploração do parque do HSC e do HEM à empresa PA parques.

O parque do HSC foi construído e financiado pela Câmara Municipal de Oeiras. O assunto foi colocado à consideração do presidente Isaltino Morais na passada segunda-feira pela comissão de trabalhadores do HSC.

Como resposta, o presidente efectuou um despacho ao Departamento de Polícia Municipal e Protecção Civil no qual referia que estavam “a ser instalados equipamento de parqueamento pago sem qualquer licenciamento camarário”, acrescentando que “para o Hospital levar por diante os seus intentos deverá em primeiro lugar indemnizar o Município pelos custos que suportou na construção do estacionamento” e exigindo a retirada do equipamento já instalado.

A mensalidade de 40 euros revoltou os trabalhadores do HSC. A enfermeira do serviço de cardiologia do hospital, Sofia Cerveira, queixa-se: “Não houve melhoras nestas ditas obras que façam valer a pena pagar por elas. Continua a haver buracos nas vedações, falta de luz. O parque continua a ser muito perigoso, a única coisa que fizeram foi as cancelas. Eu venho de Carcavelos para aqui todos os dias trabalhar, já gasto muito dinheiro em combustível e portagens, não posso pagar ainda mais 40 euros mensais”.

Como protesto, está já marcada uma concentração de funcionários do HSC para amanhã às 11 horas, à porta do hospital, organizada pela comissão de trabalhadores. O representante da comissão, Jorge Dickson, diz ter convocado a concentração por achar “o pagamento do estacionamento inaceitável e uma barbaridade”. Continua: “a administração resolveu isto sem nos contactar, não responde às nossas cartas. Há ordenados aqui de 500 euros, como vão pagar a mensalidade? A zona do hospital é muito escassa de estacionamento, tudo o que há é com parquímetros, e a nível de transportes públicos só há os autocarros da Vimeca que deixam de fazer viagens relativamente cedo para quem faz turnos aqui no hospital”.

No Hospital Egas Moniz, segundo Henrique Passos, do departamento de comunicação, não houve reacções ao sucedido.

Contrariamente ao explicitado na circular de "avenças mensais para funcionários de €40,00/mês", Paula Flores, do Gabinete de Comunicação e Imagem, em nome do Conselho de Administração, disse via e-mail ao PÚBLICO que "haverá um parque público sujeito a pagamento e uma área de aparcamento livre e gratuito para os funcionários do Hospital de Santa Cruz".

Notícia actualizada às 16h50 com declarações em nome do Conselho de Administração