FC Porto mantém onda de vitórias, apesar da exibição de Miguel Veloso

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Miguel Veloso e Varela lutam pela bola Foto: Francisco Leong/AFP

Os primeiros minutos não faziam prever tanto sofrimento. A equipa de Vítor Pereira entrou a jogar praticamente no meio-campo adversário, embora sem conseguir criar situações claras de golo. Mas à medida que o tempo foi passando, a equipa perdeu velocidade, Moutinho apagou-se por completo e os laterais Danilo e Mangala (uma adaptação) raramente conseguiram dar profundidade aos flancos. Ainda assim, Varela conseguiu, já numa fase de decréscimo na qualidade de jogo, um grande golo depois de um excelente trabalho de Lucho. O argentino, de resto, foi um dos grandes responsáveis pela vitória.

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Os primeiros minutos não faziam prever tanto sofrimento. A equipa de Vítor Pereira entrou a jogar praticamente no meio-campo adversário, embora sem conseguir criar situações claras de golo. Mas à medida que o tempo foi passando, a equipa perdeu velocidade, Moutinho apagou-se por completo e os laterais Danilo e Mangala (uma adaptação) raramente conseguiram dar profundidade aos flancos. Ainda assim, Varela conseguiu, já numa fase de decréscimo na qualidade de jogo, um grande golo depois de um excelente trabalho de Lucho. O argentino, de resto, foi um dos grandes responsáveis pela vitória.

O Dínamo Kiev é uma equipa que conta com um punhado de bons jogadores, mas que no Dragão não escondeu, desde o início, que a sua estratégia passava por defender e tentar o contra-ataque. E teve um jogador que brilhou: o internacional português Miguel Veloso. O médio, formado no Sporting e que passou pelo Génova antes de seguir para a Ucrânia, realizou uma exibição irrepreensível. Foi o homem que pensou o jogo dos ucranianos e que construiu os lances mais complicados para Helton. Obrigou o guarda-redes brasileiro a uma defesa apertada num canto marcado de forma exemplar e, depois, testou-lhe os reflexos com um remate rasteiro de fora da área. A completar o seu momento de ouro, apontou o canto que permitiu a Gusev (outro elemento em destaque) cabecear para o fundo da baliza, com Mangala e Helton a verem jogar.

Com dificuldades na primeira fase de construção, a equipa ucraniana teve dois extremos (Yarmolenko e Gusev) mais preocupados em fechar os seus corredores do que em atacar, mas o golo do empate acabou por punir a fraca intensidade que o FC Porto mantinha na altura no jogo, onde João Moutinho foi uma sombra daquilo que se lhe conhece.

O FC Porto, porém, mesmo a jogar a passo, teve a fortuna de contar com um James Rodríguez que resolveu, aos 37’, aparecer no meio a realizar um passe primoroso que deixou Jackson na cara do golo. O remate só parou no fundo da baliza.

Este lance permitiu aos “dragões”, que há muito tinham perdido a intensidade que se lhes exigia, conseguirem uma eficácia total: dois remates, outros tantos golos. Os colombianos conseguiram desmontar a teia defensiva que o Dínamo tinha montado e que, apesar das limitações, conseguia aproveitar a lentidão e incapacidade de movimentação dos homens da casa para resguardar a sua área.

O golo obrigou os ucranianos a esticarem o jogo, colocando Yarmolenko e Gusev mais próximos do ponta-de-lança Ideye Brown. Uma estratégia que deu outro espaço ao FC Porto, mas também passou a colocar outras dificuldades aos homens da casa, muito pela acção de Taiwo, Gusev e Miguel Veloso. Aos 71’, Taiwo obrigou Helton a uma grande defesa e, logo a seguir, Yarmolenko ensaiou o passe que ofereceu o golo a Brown.

O Estádio do Dragão tremeu. Mas, aos 78’, surgiu Lucho a fugir a Khacheridi e a fazer, já perto da linha final, o cruzamento milimétrico para Jackson encostar e bisar. Um golo que deixa os portistas com um pé na fase seguinte da Champions.

POSITIVO
Miguel Veloso

O internacional português foi um dos melhores jogadores em campo. Foi ele que pensou o jogo dos ucranianos e que mais dificuldades criou a Helton. Além disso, apontou o pontapé de canto que resultou no primeiro golo do Dínamo Kiev.

Lucho e Jackson

O argentino construiu dois golos, garantiu alguma consistência numa equipa que em determinados momentos parecia perdida e deu uma vitória importante ao FC Porto. Jackson teve três oportunidades e marcou por duas vezes. Pouco mais se pode pedir a um ponta-de-lança.

NEGATIVOJoão Moutinho

O médio portista foi uma sombra daquilo a que já habituou os adeptos. Esteve mal em quase todos os momentos do jogo, especialmente no segundo tempo, e acabou por ser substituído por Defour.