Ana Teresa Pereira vence Grande Prémio de Romance da APE

Foto
Ana Teresa Pereira ocupa um lugar de referência na literatura portuguesa José Miguel Rodrigues/arquivo

O prémio, no valor de 15 mil euros, foi atribuído por maioria a Ana Teresa Pereira, uma das cinco finalistas ao galardão, entre 103 obras admitidas ao concurso apoiado pela Secretaria de Estado da Cultura. Maria Teresa Horta, com As luzes de Leonor, Mário Cláudio com Tiago Veiga, Nuno Júdice com O Complexo de Sagitário e Teolinda Gersão com Cidade de Ulisses, foram os outros finalistas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O prémio, no valor de 15 mil euros, foi atribuído por maioria a Ana Teresa Pereira, uma das cinco finalistas ao galardão, entre 103 obras admitidas ao concurso apoiado pela Secretaria de Estado da Cultura. Maria Teresa Horta, com As luzes de Leonor, Mário Cláudio com Tiago Veiga, Nuno Júdice com O Complexo de Sagitário e Teolinda Gersão com Cidade de Ulisses, foram os outros finalistas.

Nascida no Funchal em 1958, Ana Teresa Pereira tem publicado todos os anos, desde 1989, ocupando um lugar de referência na literatura portuguesa. Estreou-se com o romance Matar a Imagem, vencedor do Prémio Caminho de Literatura Policial. Em 2005 foi contemplado com o prémio literário atribuído pelo Pen Clube português no género da Ficção, pelo livro Se nos encontrarmos de novo, e, em 2007, ganhou o Prémio Máxima de Literatura 2007, com o seu romance A neve.

Inverness é um dos seus últimos livros editado na Relógio d’Água Editores. Em 2010 venceu, com a obra A outra, o Prémio Literário Edmundo Bettencourt, instituído pela Câmara do Funchal em homenagem ao poeta-cantor presencista nascido nesta cidade, e que lhe tinha sido já atribuído na edição de 2006, com o romance A Neve.

José Manuel Vasconcelos explicou à Lusa que O Lago, editado pela Relógio d’Água, “não é uma ruptura na obra da escritora, mas revela um certa novidade formal e até algum experimentalismo, o que agradou ao júri”.

O Grande Prémio de Romance e Novela, que está a cumprir 30 anos de existência, já distinguiu autores como Vergílio Ferreira, António Lobo Antunes, Agustina Bessa-Luís, Maria Gabriela Llansol, José Saramago, Francisco José Viegas e Rui Cardoso Martins. O júri deste ano integrou José Correia Tavares, José Manuel de Vasconcelos, Luísa Mellid-Franco, Manuel Gusmão, Manuel Simões e Silvina Rodrigues Lopes.