Future Places: o festival ideal para os amantes dos media digital está a chegar
Festival decorre de 17 a 20 de Outubro. Destaques vão para a banda norte-americana Negativland, para o webdesigner Philip Marshall e, ainda, para Luis Francisco-Revilla
Mais uma vez o futureplaces traz até à cidade do Porto o melhor do que se está a passar no mundo digital e cultural. De 17 a 20 de Outubro todos os interessados podem assistir a concertos, conferências e intervenções urbanas de forma gratuita.
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Mais uma vez o futureplaces traz até à cidade do Porto o melhor do que se está a passar no mundo digital e cultural. De 17 a 20 de Outubro todos os interessados podem assistir a concertos, conferências e intervenções urbanas de forma gratuita.
Heitor Alvelos, autor do festival, destaca que esta 5.ª edição vai centrar-se, mais uma vez, no “contributo que os media podem dar para o desenvolvimento da cultura e da sociedade”, missão que para ele “nunca está terminada”, uma vez que “a sociedade está sempre a apresentar novos desafios”.
O primeiro dia do futureplaces vai arrancar no auditório PINC, na Praça Coronel Pacheco, com um simpósio de investigação sobre os media digitais que vai contar com a presença de Luis Francisco-Revilla, professor da Escola de Informação da Universidade do Texas, nos EUA. Mais tarde realiza-se um concerto com os artistas Tiago Videira, que vai tocar piano através de uma ligação por Skype a partir de Austin, e José Maria Lopes, que vai estar no local a tocar a guitarra conjugada com a electrónica analógica.
Outra das novidades desta edição é a criação de sete laboratórios de cidadania: Forgotten City, Museum of Ransom, Stories of Chairs, The 3:33 Sweatshop, Depict Portugal, Radio Manobras Futuras e PIU. Todos são completamente gratuitos e podem ser acedidos por qualquer pessoa entre os dias 18 e 19 de Outubro, uma vez que não exigem formação prévia. Haverá ainda espaço para um simpósio de investigação doutoral de alunos ligados ao projecto Austin Portugal.
Na área do webdesign, Heitor Alvelos destaca a presença de Philip Marshall, que já teve o privilégio de juntar ao seu currículo colaborações com David Sylvian, Zang Tumb Tuum e Comme des Garçons. O webdesigner vai ser entrevistado no último dia no Maus Hábitos.
Este ano o festival vai contar com a presença dos Negativland, banda californiana formada em 1979 que tem uma personalidade própria marcada pelas composições de colagens sonoras electrónicas. Mas eles não vão dar só música. Também vão debater questões relacionadas com a criatividade e os direitos de autor na indústria musical.
Um festival “diferente”
Uma das particularidades do futureplaces é o facto de não ter como tema único a tecnologia, o que o torna “diferente” de muitos festivais digitais porque procura centrar-se mais no “impacto que a tecnologia tem na cultura e na sociedade”, acabando por abordar temas mais abrangentes, considera Alvelos.
Outra das preocupações que este encontro anual tem tido é, precisamente, colocar o futureplaces como um espaço de interesse para todos. Por isso, Heitor Alvelos destaca que o objectivo é “desmistificar” a ideia pré-concebida que muitas vezes se tem de que a tecnologia apenas é “direccionada para os entendidos na matéria”, quando na verdade é uma área aberta a todos os curiosos que a queiram conhecer um pouco melhor.
O futureplaces resulta de uma parceria entre a Universidade do Porto e a Universidade do Texas, nos EUA. Tem sido, desde 2008, um evento regular na cidade do Porto.