Licenciaturas e mestrados devem ter exames finais
Presidente do Instituto de Educação justifica a necessidade dos exames com a “muita autonomia” de que beneficiam actualmente as universidades e os institutos politécnicos
O presidente do Instituto da Educação defendeu esta quinta-feira a realização de exames no final das licenciaturas e dos mestrados, em vez das provas que vão ser feitas no final do primeiro e do segundo ciclos do ensino básico.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O presidente do Instituto da Educação defendeu esta quinta-feira a realização de exames no final das licenciaturas e dos mestrados, em vez das provas que vão ser feitas no final do primeiro e do segundo ciclos do ensino básico.
Leandro Almeida, professor catedrático de Psicologia da Educação na Universidade do Minho, justifica a necessidade de aferir os conhecimentos no ensino superior, devido à “muita autonomia” de que beneficiam actualmente as universidades e os institutos politécnicos. “Noutros níveis mais básicos da escolaridade, é essencialmente uma avaliação contínua que nos interessa, é aquela que é capaz de ajudar a moldar o processo de aprendizagem”, disse o especialista à agência Lusa.
De qualquer modo, acrescentou, no sistema de ensino português há espaço tanto para a avaliação final, como para a avaliação contínua, e é importante que tanto a sociedade como a família classifiquem os alunos e certifiquem as suas competências.
O director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), Hélder Diniz de Sousa, outros dos oradores, defende que a avaliação tem que ser mais do que uma nota atribuída ao aluno. “A satisfação plena quando se tem uma nota é manifestamente pouco, é muito pobre”, considerou.
Na sua opinião, “é preciso perceber o que está por trás dessa nota, o que é que ocorreu para que um aluno tenha 12, porque é que ele só tem 12, e o que falta para dar o salto em frente e ter uma classificação superior”, disse à Lusa o especialista.