A Coca-Cola Grécia, a maior empresa do país, vai para a Suíça
Empresa vai deslocar as suas acções para a Coca Cola HBC AG, da Suíça, garantem os accionistas, embora as fábricas na Grécia se mantenham
Os accionistas garantem que as fábricas da empresa não irão fechar, mas o certo é que o Estado grego já não vai poder contar com os impostos da maior empresa do país. A Coca-Cola Grécia (CCG) atingiu 330 milhões de euros em lucros, após negócios de 6,85 mil milhões de euros.
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Os accionistas garantem que as fábricas da empresa não irão fechar, mas o certo é que o Estado grego já não vai poder contar com os impostos da maior empresa do país. A Coca-Cola Grécia (CCG) atingiu 330 milhões de euros em lucros, após negócios de 6,85 mil milhões de euros.
O volume de negócios da CCG equivale a cerca de um quinto do total da Bolsa de Valores de Atenas, que por sua vez atingiu um mínimo histórico dos últimos 20 anos. Ainda assim, a empresa vai deslocar as suas acções para a Coca-Cola HBC AG, da Suíça, garantem os accionistas.
"Esta empresa é [financeiramente] saudável e não quer sofrer com o enorme risco por que passa a Grécia", disse à Reuters um analista, sob a condição de manter o anonimato.
A Reuters refere também que a maioria dos accionistas já tinham aceitado a transferências dos títulos da CCG para a Suíça, e que há já algum tempo se queixavam da carga fiscal grega.
"A bolsa grega vai perder uma empresa muito boa", lamentou à Reuters o analista grego Manos Hatzidakis. Ainda assim, a empresa garante que as fábricas que detém na Grécia serão mantidas, não levando à perda directa de empregos.
Calcula-se, ainda assim, que o maior prejudicado desta jogada será o Estado grego, que deixará de receber o volume de impostos até agora pagos pela empresa.
A Coca-Cola Grécia actuava sobretudo como exportadora - cerca de 95% dos seus accionistas e actividades são de fora da Grécia. 23% da filial grega é detida pela Coca-Cola Co., dos Estados Unidos da América.