Surf “devia ser o desporto nacional”
Para Pedro Martins de Lima, o "pai" do surf em Portugal, a juventude devia ser "incentivada" a praticar este desporto. "É o mais saudável", considera o surfista de 82 anos
O “pai” do surf em Portugal, Pedro Martins de Lima, reconheceu esta segunda-feira que o surf alterou-lhe o estatuto de reprimido até à década de 1970, para pioneiro e referência actualmente. “O surf é um fenómeno em efervescência, de tal forma que eu passei de indivíduo reprimido para ser considerado referência”, afirmou Pedro Martins de Lima, em declarações à agência Lusa.
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O “pai” do surf em Portugal, Pedro Martins de Lima, reconheceu esta segunda-feira que o surf alterou-lhe o estatuto de reprimido até à década de 1970, para pioneiro e referência actualmente. “O surf é um fenómeno em efervescência, de tal forma que eu passei de indivíduo reprimido para ser considerado referência”, afirmou Pedro Martins de Lima, em declarações à agência Lusa.
O surfista, de 82 anos, que começou a surfar em pé em 1959, sem que encontrasse companhia, manifestou a sua satisfação pela realização de uma etapa do circuito mundial em Portugal pelo quarto ano consecutivo, elogiando ainda as potencialidades de Peniche. “Qualquer que seja a direcção do vento, tem sempre uma praia que está ‘offshore’ [com vento da terra para o mar]. Se estiver sudoeste, o Baleal está bom, se for noroeste, Supertubos está bom”, explicou Pedro Martins de Lima.
O “pai” do surf em Portugal elogiou ainda a qualidade da hotelaria e a existência de parques de estacionamento junto às praias penicheira, onde vai ser disputado o Rip Curl Pro Portugal, de quarta-feira a 21 de Outubro. A recuperar de uma lesão no tendão de Aquiles, o “pai” do surf em Portugal considera que, com as condições naturais de costa e ondas, Portugal “devia ser o desporto nacional”.
“Em vez de sermos espectadores de futebol, devíamos ser surfistas. A nova juventude portuguesa devia ser incentivada a praticar surf, porque temos quilómetros e quilómetros de costa própria para isso. É o desporto mais saudável, tanto em termos físicos como psíquicos, é o mais violento e o mais pacífico, assim como o mais ecológico”, concluiu. Actualmente, a Federação Portuguesa de Surf conta cerca de 11 mil atletas federados e, em todo o país, existem quase 150 escolas da modalidade.