Descobrir cidades à boleia de um “tuk-tuk”
Estes veículos motorizados de três rodas chegaram este Verão a Lisboa e ao Porto. São uma alternativa versátil e ecológica
Já não é preciso ir até a Banguecoque para fazer uma viagem de "tuk-tuk". Estes particulares triciclos motorizados chegaram apenas há quatro meses às cidades de Lisboa e do Porto, mas já estão a despertar a curiosidade de turistas e até de cidadãos locais.
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Já não é preciso ir até a Banguecoque para fazer uma viagem de "tuk-tuk". Estes particulares triciclos motorizados chegaram apenas há quatro meses às cidades de Lisboa e do Porto, mas já estão a despertar a curiosidade de turistas e até de cidadãos locais.
Quem não se lembra de ter visto nos filmes de Bollywood aqueles peculiares veículos de três rodas que eram puxados por uma pessoa a pé? Os riquexó são, de facto, os transportes urbanos de eleição utilizados na Índia e no Sudoeste Asiático, onde o trânsito intenso faz perder a cabeça a qualquer um. Contudo, a sua versatilidade tem vindo a ganhar cada vez mais fãs em todo o mundo.
O culpado da invasão destes veículos exóticos em Lisboa é Paulo Hunguento, que após ter feitos algumas viagens pela Ásia e de ter visto a versatilidade e a fácil mobilidade destes triciclos motorizados decidiu pôr no terreno uma forma de contornar as “ruas estreitas e tortuosas" da capital. Assim nasceu a empresa Tuk Tuk Lisboa.
Já Dulce Pereira, emigrante francesa residente em Portugal há cerca de dez anos, foi a autora do conceito TukTour, uma empresa com o mesmo conceito, mas com base no Porto.
Viagens descontraídas e com estilo
As viagens de "tuk-tuk" apresentam-se como uma alternativa para aqueles que queiram apreciar a cidade de uma forma diferente e descontraída. Paulo Hunguento conta que “os clientes entram, sentam-se e apenas precisam de desfrutar tudo o que os rodeia”. Dulce Pereira acrescenta que “as pessoas gostam muito da vista panorâmica das viagens”, assim como da "boa relação que estabelecem com o motorista que os acompanha”.
Os triciclos da Tuk Tuk Lisboa, produzidos em edições limitadas pela empresa italiana Piaggio, são “esteticamente muito semelhantes” aos que foram inicialmente criados em 1957, diz Paulo Hunguento. A preservação da imagem "vintage" destes veículos foi uma das principais preocupações da empresa que não seguiu o exemplo dos "tuk-tuk" asiáticos e manteve a estrutura original praticamente intacta.
Os "tuk-tuk" fazem um total de cinco circuitos e o limite de passageiros é de três. Em Lisboa, os passeios começam na Sé e terminam no Terreiro do Paço, com uma duração de uma a três horas. Contudo, qualquer um pode construir o seu próprio percurso, alterando inclusive o ponto de partida e de chegada.
Já pelo Porto, o TukTour tem quatro percursos funcionais, todos com uma duração de cerca de uma hora. Inicialmente, as viagens eram feitas apenas em Gaia, mas, após pedidos de vários clientes, expandiram o serviço para a outra margem. Dulce Pereira destaca que os veículos são “todos silenciosos” e, por serem eléctricos, “têm a vantagem de serem amigos do ambiente”.
Tanto na Tuk Tuk Lisboa como no TukTour Porto, os percursos são flexíveis, pelo que se a meio do percurso decidir parar para apreciar a paisagem e tirar fotografias, pode fazê-lo sem qualquer tipo de restrição. O serviço está disponível todo o ano, sempre que o clima o permita.