Redução do número de deputados deve ser aprofundada na coligação, diz PSD
Na sexta-feira, em Alenquer, o secretário-geral do PS, António José Seguro, revelou durante um jantar de comemoração do 5 de Outubro que os socialistas vão entregar ainda este ano uma proposta para reduzir o número de deputados na Assembleia da República.
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Na sexta-feira, em Alenquer, o secretário-geral do PS, António José Seguro, revelou durante um jantar de comemoração do 5 de Outubro que os socialistas vão entregar ainda este ano uma proposta para reduzir o número de deputados na Assembleia da República.
“O PSD está disponível para aprofundar esta questão, debatê-la com transparência e sem tabus na Assembleia da República, mas sempre, e em primeira análise, no respeito escrupuloso dos princípios e valores do acordo de coligação com o seu parceiro de coligação, CDS-PP”, afirmou neste sábado Luís Menezes, em conferência de imprensa, no Porto.
“O PSD gostaria de dizer que até hoje nenhum outro partido se tinha mostrado disponível para discutir esta redução do número de deputados, para além do PSD, através de várias propostas que passaram já várias lideranças e que nas duas últimas legislaturas foram recusadas duas vezes pelo PS. O PSD já tinha apresentado propostas concretas para reduzir o número de deputados na Assembleia da República”, referiu também Menezes.
Na opinião do vice-presidente da bancada social-democrata, este tema deve ser discutido “sem tabus e com toda a transparência”, tendo em conta que esta é “uma lei que necessita de ter dois terços dos votos dos deputados eleitos na Assembleia da República”.
“Esta matéria deve ser aprofundada na Assembleia da República, mas também, e em primeira instância, no seio da coligação, em face do acordo de coligação que deve ser cumprido e respeitado nos seus princípios e valores”, sublinhou.
De acordo com o social-democrata, “aquilo que diz respeito a esse acordo de coligação deve ser respeitado em todos os seus princípios e valores, de forma escrupulosa”.
“É bom ver o PS chegar a este debate, atrasado”, acrescentou. Ainda segundo Menezes, “dentro do PSD há uma clara sintonia de posição relativamente a isto há muitos anos”.