Greve geral da CGTP é a 14 de Novembro

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É a segunda vez este ano que a CGTP convoca uma greve geral Foto: Rui Gaudêncio

A decisão saiu do Conselho Nacional da Intersindical desta quarta-feira e foi tornada pública já depois de o ministro das Finanças anunciar um agravamento do IRS no próximo ano, uma das medidas que o Governo incluirá na proposta de Orçamento para 2013 para cumprir a meta do défice de 4,5% do PIB.

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A decisão saiu do Conselho Nacional da Intersindical desta quarta-feira e foi tornada pública já depois de o ministro das Finanças anunciar um agravamento do IRS no próximo ano, uma das medidas que o Governo incluirá na proposta de Orçamento para 2013 para cumprir a meta do défice de 4,5% do PIB.

Na resolução onde anuncia a convocação da greve geral, a CGTP chama de “mentiroso” ao Governo, considerando que, “depois de arruinar a vida de milhares de famílias, já anunciou hoje que vai inscrever no Orçamento de Estado para 2013 mais medidas dirigidas ao roubo nos salários e ao agravamento da carga fiscal para os trabalhadores, os reformados e pensionistas e as famílias em geral”.

A CGTP apela “a todos os sindicatos” e aos trabalhadores para se associarem à greve, sem fazer qualquer referência à possibilidade de ter consigo na organização a UGT, que a 24 de Novembro dos dois últimos anos esteve ao lado da CGTP, mas que ficou de fora da última greve geral, a 22 de Março (a primeira de Arménio Carlos como secretário-geral).

Ainda antes de se saber da data de 14 de Novembro, porém, o líder da UGT, João Proença, veio afirmar à RTP Informação que a central sindical só está disponível para “outro tipo de greve” que não tenha os dois objectivos que vê na paralisação da CGTP: “rua com a troika e abaixo o Governo”.

O Conselho Nacional é claro na resolução que divulgou esta tarde: “Portugal não pode continuar subjugado a um Governo que, assumindo a sua natureza de classe ao serviço do grande capital, assenta a sua governação no agravamento dos sacrifícios impostos aos trabalhadores e ao povo português”.

A greve, admitida por Arménio Carlos no sábado, acontece já depois da votação do orçamento na generalidade, mas ainda antes da votação final global, a 27 de Novembro. Até à paralisação, estão agendadas outras acções, a começar já esta quinta-feira.

Uma concentração em frente à residência oficial do primeiro-ministro está prevista para as 18h, “contra as medidas de austeridade” anunciadas pelo executivo de coligação.

A partir de sexta-feira e até 13 de Outubro, a CGTP vai promover a iniciativa “Grande Marcha Contra o Desemprego” em várias cidades.

Notícia substituída às 18h31 e actualizada às 18h56

Despacho da Lusa substituído por notícia própria do PÚBLICO.