Micael e Alan dão vitória ao Braga na Turquia
O inferno da Turk Telekom Arena era um teste de fogo para a equipa de Peseiro. Depois do brilharete da eliminação da Udinese no play-off de acesso à Champions (com o afastamento da formação de Udine, foi a primeira vez que Itália ficou reduzida a duas equipas na prova maior da UEFA), a escorregadela em casa com a equipa romena foi um percalço num caminho que parecia bem definido. São as dores de crescimento de uma equipa que mostrou na terça-feira dar-se bem com os grandes desafios. Tinha respondido à altura quando eliminou o Benfica na corrida à final da Liga Europa, há dois anos — perderia a final para o FC Porto, de Falcao. Levantou-se e recuperou o prestígio que até aí tinha amealhado.
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O inferno da Turk Telekom Arena era um teste de fogo para a equipa de Peseiro. Depois do brilharete da eliminação da Udinese no play-off de acesso à Champions (com o afastamento da formação de Udine, foi a primeira vez que Itália ficou reduzida a duas equipas na prova maior da UEFA), a escorregadela em casa com a equipa romena foi um percalço num caminho que parecia bem definido. São as dores de crescimento de uma equipa que mostrou na terça-feira dar-se bem com os grandes desafios. Tinha respondido à altura quando eliminou o Benfica na corrida à final da Liga Europa, há dois anos — perderia a final para o FC Porto, de Falcao. Levantou-se e recuperou o prestígio que até aí tinha amealhado.
Saiu Domingos, entrou Leonardo Jardim. Este ficou-se pelos 16 avos-de-final da Liga Europa, há um ano. Mas deixou o recado: perdeu em casa com o Besiktas (0-2), mas foi ganhar à Turquia (0-1). Foi insuficiente, mas serviu de lição para o triunfo, agora com José Peseiro no lugar de treinador. Sem Lima, agora no Benfica, este Sp. Braga conta com Éder, que esteve envolvido nos dois golos.
Rúben Micael e Alan mostraram a maturidade da equipa. O primeiro, o herói do jogo com a Udinese, voltou a sê-lo, agora com o golo a abrir a noite de Istambul; o segundo fez o último golo da noite nos descontos, a fechar um jogo quase perfeito dos bracarenses.
A vitória por 0-2 sobre o Galatasaray deixou também os bracarenses mais descansados para a jornada dupla com o Manchester United, primeiro em Old Trafford, depois em Braga. E estendeu a sua senda vitoriosa pela Europa: o triunfo em Istambul, ante um adversário sem Altintop nem o avançado Elmander, elevou para sete os jogos sem perder fora de casa.
A vitória foi incontestável, num dos estádios mais difíceis da prova. Começou quando Éder soube proteger a bola e servi-la para o tiro de Amorim, impossível de deter por Muslera, que a deixou à mercê de Micael. Continuou com uma grande defesa de Beto, desviando a bola para a barra, a impedir o empate. E terminou quando mais uma vez Éder abriu espaço para Alan concluir.
Com menos posse de bola (40%) mas cinco oportunidades de golo, o Braga soube construir uma vitória importante, empurrando o Galatasaray, campeão turco e 26.º do ranking da UEFA (o Braga é o 83.º) para último do Grupo H. E, ao mesmo tempo, ganhando forças para a visita a Old Trafford.
A formação inglesa venceu fora o Cluj, por 1-2, depois de ter estado a perder (valeram os dois golos de Van Persie), e lidera a tabela com seis pontos em dois encontros. O próximo teste chama-se Sp. Braga.
Ficha de jogoGalatasaray 0Sporting de Braga 2 (Rúben Micael, 27’ e Alan, 90+4’)
Arena Turk Telekom, em Istambul.
Espectadores Cerca de 40.000
Galatasaray Muslera, Eboué, Semih Kaya, Nounkeu a41’, Albert Riera, Felipe Melo a02’ (Elmander, 76’), Emre Çolak (Kurtulus, 78’), Nordin Amrabat (Aydin Yilmaz, 46’), Selçuk Inan, Burak Yilmaz e Umut Bulut.
Treinador Fatih Terim.
Sp. Braga Beto, Salino, Douglão,
Paulo Vinícius, Ismaily (Hélder Barbosa, 85’), Custódio a90+1’,
Hugo Viana a47’ (Djamal, 78’),
Rúben Micael (Nuno A. Coelho, 90+1’),
Rúben Amorim, Alan a31’ e Éder.
Treinador José Peseiro
Árbitro Tom Harald Hagen, da Noruega.