Google Maps: Já podemos dar mergulhos panorâmicos na Grande Barreira de Coral
O Catlin Seaview Survey vai captar até 50.000 imagens panorâmicas de alta resolução, a 360 graus, e estarão disponíveis na Internet através do Street View, uma funcionalidade do Google Maps
A partir desta quarta-feira é possível fazer mergulhos virtuais e ver os recifes, peixes, tartarugas, mantas e toda a biodiversidade marinha da Grande Barreira de Coral, graças a uma parceria entre o Google Maps e a expedição científica Catlin Seaview Survey.
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A partir desta quarta-feira é possível fazer mergulhos virtuais e ver os recifes, peixes, tartarugas, mantas e toda a biodiversidade marinha da Grande Barreira de Coral, graças a uma parceria entre o Google Maps e a expedição científica Catlin Seaview Survey.
Imagens panorâmicas da Grande Barreira de Coral, captadas durante a expedição Catlin Seaview Survey ao largo da costa australiana, estarão disponíveis na Internet através do Street View, uma funcionalidade do Google Maps. O Catlin Seaview Survey vai captar até 50.000 imagens panorâmicas de alta resolução, a 360 graus.
Quando forem todas reunidas, estas imagens vão permitir às pessoas escolher uma localização ao longo da Grande Barreira de Coral, mergulhar no mar e traçar um percurso orientado e virtual”, segundo os cientistas responsáveis pela expedição. Este mês, 16 especialistas – entre biólogos marinhos, fotógrafos, taxonomistas e técnicos de imagem – vão realizar duas expedições para visitar 20 recifes ao longo da Grande Barreira de Coral.
Esta estende-se por mais de 2300 quilómetros e alberga mais de 400 tipos de corais e 2000 espécies de peixes. As equipas vão fazer mergulhos dos 0 aos 12 metros de profundidade e ainda dos 30 aos 100 metros. Consigo vão levar uma câmara subaquática especial (SVII).
“As pessoas poderão admirar imagens de cortar a respiração ao mesmo tempo que a expedição recolhe dados científicos importantes para compreender melhor de que forma as alterações climáticas estão a afectar os recifes de coral”, acrescenta, em comunicado. Para o Google, parceiro do projecto, este é mais um passo para o seu objectivo de “construir o mapa do mundo mais abrangente, preciso e útil”, disse em comunicado Brian McClendon, vice-presidente do Google Maps e do Google Earth.
Mas a Grande Barreira de Coral, que se, é só o início. A seguir seguem-se a reserva marinha da ilha Apo, nas Filipinas, e a baía de Hanauma, no Havai. “Com as novas imagens subaquáticas deixa de ser necessário fazer mergulho recreativo – ou mesmo saber nadar – para qualquer utilizador poder explorar e sentir os locais subaquáticos mais incríveis de todo o mundo”, acrescentou.
“As possibilidades daquilo que estamos prestes a descobrir sobre os recifes de coral são quase infinitas”, disse Ove Hoegh-Guldberg, director do Instituto de Alterações Globais na Universidade de Queensland e coordenador das expedições. “O conhecimento sobre como estes ecossistemas ameaçados estão a responder às alterações climáticas é incrivelmente importante, uma vez que 25% das espécies marinhas vivem nos recifes de coral e nas suas proximidades”, acrescentou.
O Catlin Seaview Survey é o Segundo projecto científico do grupo segurador e ressegurador Catlin. O primeiro, o Catlin Arctic Survey, foi realizado entre 2009 e 2011 e estudou os potenciais impactos das alterações climáticas no Árctico.