PS diz que “montanha pariu um rato” e exige “transparência”
A posição foi transmitida aos jornalistas pelo líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, após o Governo ter anunciado a extinção de quatro fundações, recomendando também o encerramento de 13 entidades ligadas a instituições de ensino superior e 21 outras cuja “competência decisória” se encontra cometida às autarquias.
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A posição foi transmitida aos jornalistas pelo líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, após o Governo ter anunciado a extinção de quatro fundações, recomendando também o encerramento de 13 entidades ligadas a instituições de ensino superior e 21 outras cuja “competência decisória” se encontra cometida às autarquias.
“O PS está muito decepcionado com o resultado”, porque, “durante cerca de um ano, o Governo estudou e falou das fundações, dizendo que eram das gorduras mais importantes e cujos cortes permitiriam reduzir as despesas do Estado”, apontou o líder da bancada socialista.
No entanto, segundo Carlos Zorrinho, o Governo decidiu hoje “extinguir quatro fundações”.
“Ou seja, a montanha pariu um rato, e duas coisas podem ter acontecido: ou o Governo sobrevalorizou a montanha e não havia assim tantas gorduras nas fundações como era dito; ou o Governo não foi rigoroso na sua análise”, disse.
Depois, o presidente do grupo parlamentar do PS exigiu ao Governo “transparência” no processo de reforma das fundações.
“O PS entende que os portugueses têm o direito de conhecer os estudos em que o Governo se baseou para fazer a sua proposta. No Parlamento, o PS vai requer ao Governo que envie para a Assembleia da República todos os estudos que permitiram tomar estas decisões, ou que venham a permitir tomar outras decisões no futuro. É muito importante que haja uma enorme transparência neste processo”, afirmou.
Nas declarações que fez aos jornalistas, Carlos Zorrinho insistiu que “é essencial que sejam conhecidos os estudos de suporte da decisão do Governo”.
“Quando é para aumentar os sacrifícios aos portugueses, é sempre mais do que aquilo que esperamos; quando é para cortar despesa, é sempre menos do que aquilo que esperamos. Não estou a fazer julgamentos antecipados, mas queremos que os portugueses conheçam toda a informação para poderem também fazer o seu julgamento”, acrescentou.