Nadando atrás da nota de dólar, 20 anos depois

As mais de 30 milhões de cópias vendidas provocaram “réplicas” que obrigaram muitas bandas a mudar de som. Fez ontem 21 anos

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Fez ontem 21 anos que a música e a cultura pop foram “abaladas” pelos Nirvana com o seu segundo álbum, “Nevermind”. O sucessor de Bleach (1989) trouxe músicas como “Smells Like Teen Spirit”, “Come As You Are”, “Lithium”, “Polly”, “In Bloom”, “On a Plain” ou “Something In The Way” e, primeiro nos EUA e depois um pouco por todo o mundo, “matou o rock”.

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Fez ontem 21 anos que a música e a cultura pop foram “abaladas” pelos Nirvana com o seu segundo álbum, “Nevermind”. O sucessor de Bleach (1989) trouxe músicas como “Smells Like Teen Spirit”, “Come As You Are”, “Lithium”, “Polly”, “In Bloom”, “On a Plain” ou “Something In The Way” e, primeiro nos EUA e depois um pouco por todo o mundo, “matou o rock”.

As mais de 30 milhões de cópia vendidas provocaram “réplicas” que obrigaram muitas bandas a mudar de som, outras que se “colaram” ao som grunge de Seattle e muitas (principalmente no "pop", "hard rock" e "glam rock") que perderam quase toda a audiência e desapareceram no esquecimento.

Apesar de outros – com o tempo – também terem ficado para a história, como o “Innuendo” dos Queen, o “Soul Cages” de Sting, o “Lean Into It” dos Mr. Big, o “Joyride” dos Roxette, o “Mama Said” de Lenny Kravitz, o homónimo (e estreia) de Seal, o “For Unlawful Carnal Knowledge” dos Van Halen, o “On Every Street” dos Dire Straits, o “Stars” de Simply Red, o “We Can’t Dance” dos Genesis, e mesmo os ‘blockbusters’ americanos que foram o “Blood Sugar Sex Magix” dos Red Hot Chili Peppers, o “Ten” (estreia) dos Pearl Jam, o álbum preto (e homónimo) dos Metallica e os dois “Use Your Illusion” dos Guns N’ Roses, nenhum fez sombra naquela altura e àquele álbum de Kurt Cobain, Dave Grohl e Krist Novoselic.

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?Por aqui também se vê o quão bom foi o ano e quanto alta era a fasquia de 1991.

Até a capa era ingrediente para o sucesso... o choque visual era provocado por um bebé de cerca de três meses de idade, Spencer Elden, que nadava debaixo de água numa aula de natação para bebés. Na capa, após edição/produção de imagem, o bebé aparece parecendo seguir uma nota de dólar, ficando clara a crítica à sociedade americana.

A capa ficou uma referência histórica, tendo sido inclusivamente eleita pela revista “Rolling Stone” como  a melhor de sempre.

Vinte anos depois, alguém teve a ideia de convidar Spencer para um novo mergulho e fotografia.

Ele concordou.

Disse apenas que, desta vez, vestia uns calções.