A Fnac.pt começou segunda-feira a vender ebooks com a Kobo

Foto
Segundo a revista Wired, o Kobo é "o melhor ereader" AFP

Desde segunda-feira à tarde, o site Fnac.pt disponibiliza mais de 3 milhões de ebooks em 60 línguas, dos quais mais de 5000 são em língua portuguesa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Desde segunda-feira à tarde, o site Fnac.pt disponibiliza mais de 3 milhões de ebooks em 60 línguas, dos quais mais de 5000 são em língua portuguesa.

Tal como em França, a Fnac em Portugal fez uma parceria com a empresa canadiana Kobo, especializada em ebooks e dispositivos electrónicos de leitura, os ereaders. O projecto foi apresentado numa conferência de imprensa, em Lisboa, em que a directora-geral da FNAC Portugal, Cláudia Almeida e Silva, disse ter "grandes expectativas para este mercado [do livro electrónico] tendo em conta que um em cada três portugueses compra livros na Fnac". 
 
Michael Tamblyn, da Kobo, explicou que a sua empresa acredita no comércio local e por isso se tem associado, nos vários países onde já se encontra (dos EUA à Europa e também Austrália, Nova Zelândia, Hong Kong e Japão), quer aos editores (ajudando-os a entrarem no mercado digital) quer a livreiros e cadeias de livrarias locais, tentando olhar para as diferenças desses mercados. Uma estratégia diferente da seguida pela concorrente Amazon, por exemplo. "Estamos focados nos leitores e no que eles querem, no amante dos livros e no que ele deseja. Acreditamos que, no final, isto não é um desafio tecnológico é um desafio na maneira de vender livros. Por isso as livrarias são tão importantes e não há ninguém tão importante como um livreiro para familiarizar as pessoas com uma nova ideia", acrescentou. 
 
Prometeu que no futuro irá aprofundar a relação com os editores portugueses e aumentar o catálogo português, não querendo porém falar do que se vai passar no Brasil. Que vão ser mais "proactivos" e "ter ebooks à venda mais rápido" do que outros vendedores em Portugal, tal como já fizeram noutros mercados. 
 
No entanto, para já, os ebooks em língua portuguesa disponíveis na Fnac.pt são os mesmos já disponíveis noutros sites, como a Leya Mediabooks, Wook online ou a iBooks da Apple. "Neste momento, temos todos os livros digitais disponibilizados pelos nossos editores, tudo o que está convertido em formato digital. Acredito que em breve este catálogo nacional vá crescer de forma significativa, mas será uma opção dos editores", explicou a directora-geral da FNAC Portugal. E nem o preço dos ebooks na Fnac será diferenciador. "O preço é definido pelo editor e a regra será sempre que seja inferior ao livro em papel em 15% a 20%". À pergunta "então o que nos fará comprar o ebook na Fnac?", Cláudia Almeida e Silva respondeu: "A grande diferença é juntar o conteúdo com o equipamento." Por isso ontem foi também apresentado o Kobo Touch, disponível em exclusivo na Fnac por 119,90€ e 99,90€, para os detentores do cartão FNAC. A revista Wired em Janeiro 2012 considerou-o o "melhor ereader", face ao Nook, Kindle e Sony Reader.