Jerónimo de Sousa não espera "grande coisa" do Conselho de Estado
“Eu penso que na cabeça dos portugueses neste momento não estão as sondagens, não está o voto. A preocupação central dos portugueses é hoje saber como é que resolvem a sua vida, transformada num inferno”, afirmou Jerónimo de Sousa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Eu penso que na cabeça dos portugueses neste momento não estão as sondagens, não está o voto. A preocupação central dos portugueses é hoje saber como é que resolvem a sua vida, transformada num inferno”, afirmou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP falava aos jornalistas no final de uma reunião com o líder da CGTP, Arménio Carlos, na sede dos comunistas, após questionado sobre a sondagem da Universidade Católica que dá a CDU (PCP/PEV) a subir 04 pontos nas intenções de voto, de 09 para 13 por cento.
Desvalorizando o resultado da sondagem, realizada para a RTP/DN/Antena1, Jerónimo de Sousa disse que poderá ser interpretada como “uma tendência” mas “não é a questão central que está colocada”.
Questionado sobre a reunião do Conselho de Estado que se realiza na sexta-feira, o secretário-geral do PCP disse não ter “grandes expectativas” e disse antever que da reunião sairá “mais um apelo à sacralização da estabilidade política em desfavor da instabilidade social que esta política provoca”.
“Sinceramente, não espero grande coisa”, disse.
Jerónimo de Sousa considerou que o Presidente da República “é co-responsável” e “identifica-se com esta política”, e tem que “resolver uma contradição” entre os “apelos e declarações que se poderiam dizer de boa vontade” e a prática.
Sobre o encontro com o líder da CGTP, Arménio Carlos, o secretário-geral comunista destacou uma “convergência de opiniões” e do “valor estratégico da luta dos trabalhadores”.
Jerónimo de Sousa disse recusar novos “roubos aos trabalhadores” ao mesmo tempo que se deixa “intocados os grandes interesses, as grandes fortunas, as transacções bolsistas, os luxos desmedidos”.