Peças de Siza Vieira e Souto Moura esgotam em Xangai

Empresa portuguesa vendeu todas as peças que levou à "Furniture China", que é das maiores feiras mundiais de mobiliário

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As peças de mobiliário de Siza Vieira, Souto Moura, Fernando Távora e de outros arquitectos portugueses e espanhóis expostas num recente certame em Xangai foram todas vendidas, revelou esta terça-feira à agência Lusa o director-geral da Desenho Ibérico, Paulo Maia.

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As peças de mobiliário de Siza Vieira, Souto Moura, Fernando Távora e de outros arquitectos portugueses e espanhóis expostas num recente certame em Xangai foram todas vendidas, revelou esta terça-feira à agência Lusa o director-geral da Desenho Ibérico, Paulo Maia.

“A China, um mercado que eu não conhecia, superou todas as expectativas. Não imaginava que fosse tão evoluída”, disse Paulo Maia acerca da estreia da empresa na “Furniture China”, uma das maiores feiras mundiais do sector, que decorreu este ano de 11 a 15 de Setembro, com cerca de 3.000 expositores e 80.000 visitantes de mais de 100 países.

“Vendemos todas as 33 peças que trouxemos e também peças que não estavam expostas. Voltaremos em 2013, de certeza, com um ‘stand’ maior e peças novas”, acrescentou.

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Cadeira Reitor, por Fernando Távora DR

Entre as peças vendidas em Xangai, Paulo Maia referiu três cadeiras desenhadas por Siza Vieira, duas mesas de apoio e uma mesa de sala de jantar de Eduardo Souto Moura, e duas cadeiras de Fernando Távora, uma das quais da década de 1950.

Sedeada em Matosinhos, a Desenho Ibérico foi criada em 2008 com o objectivo de produzir peças de design assinadas por alguns dos mais conhecidos e influentes arquitectos dos dois países da península. Além de Álvaro Siza Vieira e de Eduardo Souto Moura, ambos galardoados com o Pritzker Prize, o Nobel da Arquitetura, o catálogo da empresa inclui, entre outros, Fernando e José Bernardo Távora, Carlos Ferrater, Francisco Mangado e Ramon Sanabria.

Exportações aumentam

Segundo indicou Paulo Maia, a produção é feita em Portugal, mas as exportações já representam mais de metade da facturação da empresa. “A única saída é olharmos para fora. Não é emigrar, é acreditar em nós. Temos de vender ideias e não propriamente mão-de-obra”, disse o director-geral de Desenho Ibérico. 

“Há uma arquitectura muito boa na Península Ibérica que não é devidamente conhecida e, neste aspecto, a feira de Xangai também foi uma boa oportunidade para a divulgarmos”, acrescentou.

Quatro outras empresas portuguesas (Fenabel, ARC, Serip e Sempre Internacional) participaram na “China Furniture 2012” e a primeira delas, especializada no fabrico de cadeiras, ganhou o primeiro prémio na categoria de mobiliário infantil.

Foi a maior participação portuguesa de sempre naquele certame e coincide com um bom momento das exportações de Portugal para a China. Pelas contas da Administração-geral das Alfândegas Chinesas, nos primeiros sete meses de 2012, as exportações portuguesas aumentaram 59,46 por cento em relação a igual período de 2011, para 737,75 milhões de euros.