Quatro pessoas detidas e um jornalista ferido durante manifestações de sábado
Pessoas em várias cidades no país saíram à rua para protestarem contra as medidas de austeridade e contra o Governo na manifestação “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas” organizada por 29 pessoas de vários quadrantes políticos.
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Pessoas em várias cidades no país saíram à rua para protestarem contra as medidas de austeridade e contra o Governo na manifestação “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas” organizada por 29 pessoas de vários quadrantes políticos.
Em Lisboa, centenas de milhares de pessoas de todas as idades fizeram o trajecto organizado até à Praça de Espanha. Ouviam-se palavras como “Gatunos!” ou “O povo unido já mais será vencido” numa marcha pacífica. Na Avenida da República houve alguma tensão em frente ao edifício do FMI, com arremesso de tomates ao edifício.
No Porto, cerca de uma centena de milhares de pessoas, segundo a organização, foi para a Avenida dos Aliados protestar. Houve ainda manifestações em Braga, Beja, Viseu, Viana do castelo, Portimão, Évora, entre outras.
Em Aveiro sucedeu o caso mais dramático quando um jovem de 28 anos imolou-se pelo fogo e entrou no edifício do Governo Civil a arder, tendo sido assistido no local por uma equipa do INEM.
Em Lisboa, parte da população que chegou à Praça de Espanha continuou espontaneamente a marchar até ao Parlamento, onde ao início da noite a tensão voltou a aumentar. Num comunicado na página do Facebook da Polícia de Segurança Pública (PSP) lê-se que dos “vários episódios que ocorreram nas últimas horas, de referir a detenção de quatro cidadãos nacionais por motivos ligados às agressões que promoveram contra os polícias de serviço, diverso equipamento policial danificado, um jornalista ferido e inúmeras apreensões de material pirotécnico, pedras e outros objectos que serviram de arremesso contra os polícias”.
As pessoas dispersaram de S. Bento pela madrugada. No comunicado, a PSP “agradece a todos os cidadãos que colaboraram com os polícias na manutenção da ordem que caracterizou genericamente as manifestações em todo o país” e destaca o trabalho dos agentes que “durante largas horas de serviço, souberam dignificar a farda, honrar a sua missão”.