PS diz que Passos foi desautorizado pela discordância de Portas quanto à TSU
Miguel Laranjeiro afirmou que a revelação feita hoje pelo presidente do CDS-PP, Paulo Portas, de que discordou das alterações à TSU, representa uma “desautorização do primeiro-ministro” porque essa medida exigia, pelo menos, um acordo entre os dois partidos da coligação.
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Miguel Laranjeiro afirmou que a revelação feita hoje pelo presidente do CDS-PP, Paulo Portas, de que discordou das alterações à TSU, representa uma “desautorização do primeiro-ministro” porque essa medida exigia, pelo menos, um acordo entre os dois partidos da coligação.
“Anunciar o aumento da TSU para os trabalhadores, como fez o primeiro-ministro, exigia a concertação e o apoio de todo o Governo, o que hoje ficou evidente que não aconteceu”, assinalou Miguel Laranjeiro.
Segundo o deputado e secretário nacional do PS para a organização, “ao não concordar com a medida, o ministro Paulo Portas passa também um atestado de incompetência e de impreparação ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças”.
Em síntese, para o PS, o “folhetim da TSU” mostra que o Governo PSD/CDS-PP se encontra num estado de “fragilidade e desnorte” e que se tornou “factor de instabilidade”, o que, “num momento difícil para Portugal, era a última coisa de que o país e os portugueses precisariam”.
Questionado sobre o facto de Paulo Portas, na intervenção que fez hoje, no Porto, ter alegado que não existe uma alternativa de Governo credível em Portugal, Miguel Laranjeiro respondeu que “em democracia há sempre alternativas”.
Quanto ao estado da coligação, o socialista sustentou que anteriormente já existiram outras “divergências graves” entre PSD e CDS-PP, dando como exemplo a RTP e a lei eleitoral autárquica.
Miguel Laranjeiro insistiu para que “o Governo arrepie caminho” e recue nas alterações à TSU, argumentando que estas “não têm o apoio de nenhum sector da sociedade portuguesa”.