Balla: chegou a hora das “Canções”
Cada vez mais próximo do “espectáculo ideal”, Armando Teixeira está de volta com “Canções”. Novo álbum dos Balla sai a 17 de Setembro pela Optimus Discos
À primeira vista pode parecer estranho que só ao fim de cinco álbuns de originais, os Balla lancem um chamado “Canções”. Mas tudo tem uma explicação: tem a ver com maturidade. “Acho que durante muito tempo não dei importância às canções”, admite Armando Teixeira. “Preocupava-me muito com os tons e neste álbum quis privilegiar a estrutura clássica de canção.”
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À primeira vista pode parecer estranho que só ao fim de cinco álbuns de originais, os Balla lancem um chamado “Canções”. Mas tudo tem uma explicação: tem a ver com maturidade. “Acho que durante muito tempo não dei importância às canções”, admite Armando Teixeira. “Preocupava-me muito com os tons e neste álbum quis privilegiar a estrutura clássica de canção.”
São, assim, oito as canções de, perdoem-nos o pleonasmo, "Canções", que sai pela Optimus Discos a 17 de Setembro, de onde foi extraído o single de apresentação “Quebro”. É o álbum “mais evoluído” que o músico e produtor já fez, apesar de se confessar muitas vezes “surpreendido” quando ouve temas mais antigos. A prolificidade tem as suas vantagens: “Como tenho cinco álbuns, cada vez estou mais próximo de fazer um espectáculo ideal, de escolher só as músicas que gosto muito.” E quando isso acontecer? É, um pouco, como a travessia de Sísifo: “Se tudo correr bem, nunca acontecerá. Vou fazer ainda melhores canções e o espectáculo ideal vai-se construindo.”
É também um álbum recheado de “fantasmas”: os das participações externas, resultantes de acasos e encontros casuais no estúdio, entre elas Paulo Gouveia (Gomo), Rita Reis (Mesa), Miguel Nicolau (Memória de Peixe) e Joaquim Albergaria (Paus), com quem compos Ossos, a única faixa que não é apenas assinada por si; mas também, e principalmente, os espectros dos “samplers” que deambulam pelo álbum. “Sempre os usei bastante, mesmo quando não tinha colaborações físicas. Muitas vezes são apontamentos ridículos, coisas que gosto que estejam lá para me sentir menos sozinho”, graceja Armando Teixeira.
Dia 15 de Setembro, na D’Bandada, no Porto, os Balla apresentam, pela primeira vez ao vivo, “Canções”. Armando apresenta-se ao vivo com “músicos excelentes”: Miguel Cervini, na guitarra, João Rato, no piano, e Zé Vilão, na bateria. “Estou muito satisfeito e entusiasmado. É o espectáculo mais próximo daquilo que quero.”