Noruegueses garantem que “bacalhau português nunca terá fosfatos”
A reacção norueguesa surgiu poucos dias depois da Associação dos Industriais de Portugal (AIB) ter reiterado a sua oposição à proposta norueguesa e dinamarquesa de permitir a utilização de polifosfatos em peixe de salga húmida, que será votada na próxima quinta-feira em Bruxelas e que, segundo a AIB, terá “consequências desastrosas”.
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A reacção norueguesa surgiu poucos dias depois da Associação dos Industriais de Portugal (AIB) ter reiterado a sua oposição à proposta norueguesa e dinamarquesa de permitir a utilização de polifosfatos em peixe de salga húmida, que será votada na próxima quinta-feira em Bruxelas e que, segundo a AIB, terá “consequências desastrosas”.
A AIB argumenta que esta alteração terá impactos significativos para as empresas, que não conseguirão detectar imediatamente os aditivos e vão gastar mais energia na secagem, mas também para os consumidores que perdem sabor e textura e vão comprar “água ao preço de bacalhau”.
No entanto, a Norge diz que “a utilização de aditivos alimentares na produção de peixe de salga húmida” se destina apenas a determinados segmentos do mercado europeu, nomeadamente Espanha e Grécia.
A Norge sublinha ainda, num comunicado, que “a utilização de fosfatos na produção de peixe de salga húmida é proibida nos produtos a serem produzidos e comercializados no seu território” e nega que a introdução de fosfatos aumente a quantidade de peixe na água.
Confirma também que o uso de fosfatos pode retirar ao bacalhau a sua cor amarela, “uma das características mais comuns no mercado nacional.
“A Norge lamenta as alegações apresentadas pela AIB mencionando que, de alguma forma, a Noruega está a movimentar-se em Bruxelas para colocar a indústria portuguesa de bacalhau fora deste negócio e assinala que estas declarações não têm fundamento”, conclui o comunicado.