Menina paquistanesa acusada de blasfémia vai ser libertada
Ainda não foram avançados mais detalhes sobre a decisão do juiz de libertar Rimsha Masih, que terá 14 anos, mas este sábado deverão ser publicados mais dados sobre o caso. Não ficou, no entanto, claro quando Rimsha será libertada. Para já, não há qualquer confirmação de que a fiança já tenha sido paga.
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Ainda não foram avançados mais detalhes sobre a decisão do juiz de libertar Rimsha Masih, que terá 14 anos, mas este sábado deverão ser publicados mais dados sobre o caso. Não ficou, no entanto, claro quando Rimsha será libertada. Para já, não há qualquer confirmação de que a fiança já tenha sido paga.
Segundo advogado da menor, Tahir Naveed Chaudhry, esta é a primeira vez que uma pessoa acusada de blasfémia beneficia de uma decisão como a libertação sob fiança. Após o pagamento da fiança, Rimsha deverá ser levada para uma casa vigiada pelas autoridades. "A próxima audiência em tribunal é esperada dentro de três ou quatro meses", acrescentou Chaudhry.
O caso de Rimsha deu uma volta inesperada nos últimos dias, com a detenção de um imã acusado de colocar páginas queimadas do Corão entre os pertences da menina, o que levou a que a menor fosse acusada de blasfémia e depois detida. O incidente levou à saída de muitas famílias cristãs de Mehrabad, um bairro cristão da cidade de Islmabad. E terá sido esse mesmo o efeito pretendido pelo imã Khalid Chisti ao tentar incriminar Rimsha, que segundo o seu advogado terá síndrome de Down. Era a única maneira de fazer sair os cristãos do bairro, tinha dito a testemunhas que vieram, entretanto, falar contra ele.
O caso provocou a condenação internacional, ao ser noticiado que uma multidão em fúria tinha pedido para que Rimsha fosse castigada por ter alegadamente queimado o Corão, um crime de blasfémia que pode levar a uma condenação à morte.
Agora é o imã que enfrenta essa acusação. Mas apesar deste novo dado, a acusação no caso de Rimsha mantém que a menina é culpada de blasfémia.