Philip Marlowe vai ressuscitar
Mais de 50 anos depois da morte de Raymond Chandler, aquela que é talvez a sua mais genial criação, o detective Philip Marlowe, vai regressar ao activo - e obviamente já há polegares para baixo. O escritor irlandês John Banville (Wexford, 1945), que em 2005 ganhou o Man Booker Prize com o romance O Mar, chegou a acordo com os herdeiros de Chandler para ressuscitar Marlowe num novo policial, a publicar em 2013. Banville tem já cinco policiais publicados sob o pseudónimo de Benjamin Black, que também assinará este regresso do detective de Los Angeles e do seu amigo, o inspector Bernie Ohls, ao local do crime - a Bay City dos anos 40, tal como Chandler a ficcionou a partir de Santa Monica. "Adoro o desafio de seguir as enormes pisadas de Raymond Chandler. Comecei a lê-lo na adolescência, e regresso frequentemente aos seus romances. Esta ideia está a germinar há vários anos e delicio-me com a perspectiva de ambientar um livro na Califórnia do Marlowe, que imagino sempre como uma pintura do Edward Hopper. Bay City vai ter uma atmosfera ligeiramente surreal, ou hiper-real, que eu estou ansioso por criar", escreveu o autor no seu site.
Philip Marlowe, a figura acabada do detective hardboiled, apareceu pela primeira vez em 1939 no policial À Beira do Abismo (The Big Sleep, no original), que Howard Hawks adaptaria ao cinema em 1946, com Humphrey Bogart no papel principal. Ao todo, Chandler fê-lo protagonizar sete romances e mais de 20 histórias. Quando morreu, ainda deixou quatro capítulos de um Marlowe inacabado, A Morte Veste de Seda, que seria terminado 30 anos depois por Robert B. Parker - o mesmo que em 1991 obteria dos herdeiros de Chandler uma autorização para escrever a sequela de À Beira do Abismo, Sonhar, Talvez, que a crítica destruiu. A discussão está agora reaberta: pode haver Marlowe sem Chandler?
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Mais de 50 anos depois da morte de Raymond Chandler, aquela que é talvez a sua mais genial criação, o detective Philip Marlowe, vai regressar ao activo - e obviamente já há polegares para baixo. O escritor irlandês John Banville (Wexford, 1945), que em 2005 ganhou o Man Booker Prize com o romance O Mar, chegou a acordo com os herdeiros de Chandler para ressuscitar Marlowe num novo policial, a publicar em 2013. Banville tem já cinco policiais publicados sob o pseudónimo de Benjamin Black, que também assinará este regresso do detective de Los Angeles e do seu amigo, o inspector Bernie Ohls, ao local do crime - a Bay City dos anos 40, tal como Chandler a ficcionou a partir de Santa Monica. "Adoro o desafio de seguir as enormes pisadas de Raymond Chandler. Comecei a lê-lo na adolescência, e regresso frequentemente aos seus romances. Esta ideia está a germinar há vários anos e delicio-me com a perspectiva de ambientar um livro na Califórnia do Marlowe, que imagino sempre como uma pintura do Edward Hopper. Bay City vai ter uma atmosfera ligeiramente surreal, ou hiper-real, que eu estou ansioso por criar", escreveu o autor no seu site.
Philip Marlowe, a figura acabada do detective hardboiled, apareceu pela primeira vez em 1939 no policial À Beira do Abismo (The Big Sleep, no original), que Howard Hawks adaptaria ao cinema em 1946, com Humphrey Bogart no papel principal. Ao todo, Chandler fê-lo protagonizar sete romances e mais de 20 histórias. Quando morreu, ainda deixou quatro capítulos de um Marlowe inacabado, A Morte Veste de Seda, que seria terminado 30 anos depois por Robert B. Parker - o mesmo que em 1991 obteria dos herdeiros de Chandler uma autorização para escrever a sequela de À Beira do Abismo, Sonhar, Talvez, que a crítica destruiu. A discussão está agora reaberta: pode haver Marlowe sem Chandler?