Vicious Events, uma produtora que se dedica ao hip-hop
A estreia está marcada para o dia 15, no Coliseu do Porto, com Mind Da Gap, Dealema, Sam the Kid, Mundo Segundo, Deau, NBC e Micro
Uma nova produtora inteiramente dedicada ao hip-hop, a Vicious Events, decidiu estrear-se com um concerto na maior sala do Porto, o Coliseu, no dia 15, com alguns nomes importantes do rap nacional. O evento, com o título “1.º Festival Vicious Hip-Hop” vai apresentar Mind Da Gap, Dealema, Sam the Kid, Mundo Segundo, Deau, NBC e Micro.
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Uma nova produtora inteiramente dedicada ao hip-hop, a Vicious Events, decidiu estrear-se com um concerto na maior sala do Porto, o Coliseu, no dia 15, com alguns nomes importantes do rap nacional. O evento, com o título “1.º Festival Vicious Hip-Hop” vai apresentar Mind Da Gap, Dealema, Sam the Kid, Mundo Segundo, Deau, NBC e Micro.
O destaque, deste cruzamento de alguns nomes históricos do hip-hop com novas propostas, vai para a apresentação de alguns temas do novo álbum dos Mind da Gap, a ser editado no dia 1 de Outubro, nomeadamente dos temas que contam com a participação de convidados como Rey, Sam the Kid e os Dealema.
O festival pretende marcar o arranque da produtora Vicious Events, que quer explorar o universo do hip-hop e que traçou como objectivo, segundo revelou à Lusa Paulo Pinto, um dos três fundadores, “fazer no próximo ano um festival de Verão de dois dias ou três” deste género musical, pelo que já estão a fazer contactos com várias autarquias.
“Em festivais não é suposto/Só toca banda de rock/ E nos fones é o oposto/ Os putos só ouvem hip-hop”, canta a MC Capicua, no tema “A última”, incluído no disco editado este ano. Paulo Pinto concorda: “O hip-hop é parente pobre da música nacional, quando não devia ser”.
Mas não tem que ser assim, na sua opinião, porque este é um “solo fértil”, uma música que “80 por cento da juventude gosta só que a oferta que eles têm é pouca”. Daí que, para Paulo Pinto, faça sentido apostar nesta produtora e começar logo pelo Coliseu, para “mostrar que há força para encher uma casa mítica para a música”, numa cidade que “os músicos, mesmo os de Lisboa, dizem que é a capital do hip-hop em Portugal”.
“A cultura hip-hop é um bocado marginalizada, sem o mínimo de respeito e isso custa-nos, porque o hip-hop não é só música do gueto, do bairro social, pode ser alegria, podem ser músicas familiares, há um bocado de tudo”, garante o fundador da Vicious.
O festival do dia 15, que marca também o regresso do Coliseu aos concertos após as férias, decorre entre as 20h00 e as 02h00 — os bilhetes custam 20 euros.