Angry Kremlins, o jogo em que atirar a cabeça de Putin tenta libertar as Pussy Riot

Jogo é semelhante ao Angry Birds, mas com figuras diferentes. Cabeças de Putin podem ser lançadas contra bonecos que usam balaclavas coloridas

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Putin a ser atirado para libertar as figuras com balaclavas

A prisão dos três elementos da banda punk Pussy Riot levantou ondas de contestação em todo o mundo por parte dos vários os apoiantes das activistas que ousaram cantar contra o governo russo.

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A prisão dos três elementos da banda punk Pussy Riot levantou ondas de contestação em todo o mundo por parte dos vários os apoiantes das activistas que ousaram cantar contra o governo russo.

O apoio chegou agora à tecnologia, com o lançamento do jogo Angry Kremlins, à semelhança do famoso Angry Birds. Em vez de se lançarem pássaros, atiram-se cabeças de Vladimir Putin e o objectivo é, claro, libertar as Pussy Riot. Magnus Vulp, o designer gráfico estónio que criou o jogo, diz que o objectivo foi chamar atenção para o desfecho do caso.


No dia 17 de Agosto, Nadejda Tolokonnikova, 22 anos, Ekaterina Samoutsevitch, 30, e Maria Alekhina, 24, foram condenadas a dois anos de prisão pelo tribunal Khamovnitcheski de Moscovo. As mulheres foram consideradas culpadas de “hooliganismo" e “incitamento ao ódio religioso”, depois de, em Fevereiro, terem cantado uma “oração punk” numa catedral, pedindo para o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ser afastado do poder.

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Captura de ecrã da página inicial do jogo

Objectivo: libertar as Pussy Riot

Tal como acontece no Angry Birds – o jogo mais descarregado nos telemóveis, criado na Finlândia, – a nova versão consiste, igualmente, em atirar personagens para acertar nos alvos e, assim, completar os níveis. No entanto, Vulp ocupou o seu tempo livre a alterar as personagens principais.


Em vez dos pássaros revoltados que atingem porquinhos verdes, nesta versão são atirados os projécteis com a forma da cabeça de Putin e do patriarca ortodoxo russo Cirilo contra figuras que usam balaclavas coloridas à semelhança das Pussy Riot. O objectivo final é libertá-las.


“O jogo foi construído com base nas notícias na Rússia e no julgamento injusto, repressão à liberdade de expressão e crise politica em torno das Pussy Riot”, explicou Vulp à AFP.


O jogo pode ser experimentado no site da Imepilt, a marca de jogos criada Vulp, cujo principal propósito é “introduzir jogos como forma de jornalismo sério”, lê-se no site. Segundo a AFP, nos três primeiros dias, o jogo foi acedido mais de 50.000 vezes, sobretudo na Rússia e na Estónia, Letónia e Lituânia, países que estiveram sob o domínio russo até ao desmembramento da União Soviética em 1991.


Apesar do sucesso, Vulp sublinha que “o principal objectivo não é jogar, mas abordar este assunto. Angry Kremlins é mais um modo de expressão do que um jogo de computador.”