Morreu Augusto de Carvalho, antigo director do Expresso

Em declarações à Lusa, Belmiro Adamugy, subchefe da redação do semanário moçambicano Domingo, onde Augusto de Carvalho trabalhava há mais de 20 anos, disse que o jornalista foi encontrado sem vida no seu quarto pela filha menor, aparentemente em resultado de uma queda.

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Em declarações à Lusa, Belmiro Adamugy, subchefe da redação do semanário moçambicano Domingo, onde Augusto de Carvalho trabalhava há mais de 20 anos, disse que o jornalista foi encontrado sem vida no seu quarto pela filha menor, aparentemente em resultado de uma queda.

“A morte dele é uma grande perda para o jornal, porque era uma verdadeira biblioteca para todos nós, pela memória extraordinária que tinha e pelo seu elevado estatuto moral. Era a nossa reserva moral”, disse Belmiro Adamugy.

Docente numa universidade moçambicana, Augusto de Carvalho será também lembrado no Domingo como um exímio transmissor do conhecimento, tendo contribuído para moldar muitos jovens talentos do jornalismo, afirmou ainda Belmiro Adamugy. “Era o nosso professor”, sintetizou o subchefe da redação do Domingo, onde Carvalho era o principal editorialista do semanário.

Há mais de 20 anos em Moçambique, Augusto de Carvalho era “amigo pessoal” de Samora Machel, primeiro Presidente moçambicano, que morreu em 1986, tendo-lhe oferecido a residência que é até hoje usada pelos delegados da Lusa em Maputo.

“Era tão grande amigo do Presidente Samora Machel, que lhe ofereceu a casa dos delegados da Lusa”, afirmou Refinaldo Chilengue, que foi jornalista na Lusa na altura em que Augusto de Carvalho era delegado.

O primeiro director do Expresso foi Francisco Pinto Balsemão, que depois foi substituído no cargo pelo antigo líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa. O terceiro director do semanário foi então Augusto de Carvalho, que assumiu o cargo interinamente entre 1982 e 1983.