Donko é um brinquedo para adultos e também um móvel

Joana Brígido e Rui Quinta são “parceiros de risco” há dez anos e, no final de 2011, decidiram criar a Toyno. O Donko é a primeira criação mas já há mais bichos na calha

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Começaram por pensar uma marca para crianças mas, após observarem o mercado internacional, decidiram mudar o posicionamento definido inicialmente e apostar “numa linha de produtos ‘empático/infantil’ para adultos”. Assim nasceu a Toyno - for grown ups, contam Joana Brígido e Rui Quinta ao P3.

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Começaram por pensar uma marca para crianças mas, após observarem o mercado internacional, decidiram mudar o posicionamento definido inicialmente e apostar “numa linha de produtos ‘empático/infantil’ para adultos”. Assim nasceu a Toyno - for grown ups, contam Joana Brígido e Rui Quinta ao P3.

É uma marca “que tem a capacidade de provocar um sorriso a 99 em cada 100 pessoas, tem de ser vista como uma oportunidade”, dizem os dois designers de Lisboa (ela de interiores e equipamento, ele de comunicação). “Criámos a Toyno porque mesmo antes de ser a sério, já era especial.” Joana e Rui conheceram-se em 2002: foram colegas de faculdade e sócios de uma agência. Hoje são amigos e “parceiros de risco”.

A história do Donko começou no Natal de 2011: Joana, de 30 anos, decidiu arregaçar as mangas e criar as prendas dos sobrinhos. Desenhou um burro em cartão, “um banco estrutural”, e partilhou-o com Rui, de 31. O Donko transformou-se, assim, no primeiro produto da Toyno e os dois amigos começaram a apostar em brinquedos de que os adultos gostam e que logo se transformam em objectos utilitários.

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Joana Brígido e Rui Quinta dedicaram-se à criação do Donko no final de 2011

“Vem desmontado e é um brinquedo/puzzle de 12 peças nos primeiros cinco minutos de vida”, descrevem Joana e Rui. Depois de montado serve para “guardar livros de bolso, canetas, revistas, réguas e projectos”. “Consegue reunir, num pequeno e simpático espaço, todas as coisas que normalmente andam espalhadas numa sala ou pequeno escritório.”

O preço varia entre os 47 e os 50 euros e o Donko chega à casa das pessoas “dentro de uma pasta especial de cartão muito sólido que tem, também, uma vertente utilitária: pode funcionar como uma pasta para guardar desenhos”. “Não se rasga ao abrir como a maioria das embalagens”, explicam.

120 Donkos pelo mundo

À venda em seis lojas em Lisboa, o Donko quer expandir-se no país e a Toyno está, agora, em busca de parceiros de negócios no Porto. Depois de terem produzido 120 Donkos e de terem vendido mais de 100, os dois amigos estão em fase de redefinição de novos protótipos.

Ao burro vão juntar-se um crocodilo, um elefante e uma girafa, parte de uma campanha de “crowdfunding”, em curso na plataforma Massivemov até ao início de Setembro. Querem, em breve, ter “produzidos mais 100 de cada para ter em lojas em Portugal, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido, EUA, Brasil e Canadá”, mas para tal precisam de ajuda no financiamento.

Apesar de ter nascido como uma marca de mobiliário em cartão, a Toyno quer, até final de 2013, largar esse rótulo do qual Joana e Rui já se confessam “fartos”; estarão, por isso, “atentos às oportunidades”. Planos a longo prazo? “Está em segredo na nossa cabeça e no nosso coração... a carteira irá definir o resto.”