O primeiro código QR feito em calçada portuguesa
Na calçada do Chiado, o código de resposta rápida permite aceder a informações turísticas sobre a zona. O projecto foi desenvolvido pela agência MSTF Partners
Os pequenos quadrados pretos e brancos talvez ainda despertem mais curiosidade do que interesse em quem observa o conjunto, mas uma vez impressa em calçada portuguesa é mesmo uma novidade mundial, singularidade desde o final de Julho visível no passeio da Rua Garrett, no Chiado, em Lisboa. É um QR Code, ou código de resposta rápida, foi inventado no Japão em 1994, e desde então tem sido utilizado para as mais variadas funções, embora nos últimos anos com particular ênfase em acções de marketing.
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Os pequenos quadrados pretos e brancos talvez ainda despertem mais curiosidade do que interesse em quem observa o conjunto, mas uma vez impressa em calçada portuguesa é mesmo uma novidade mundial, singularidade desde o final de Julho visível no passeio da Rua Garrett, no Chiado, em Lisboa. É um QR Code, ou código de resposta rápida, foi inventado no Japão em 1994, e desde então tem sido utilizado para as mais variadas funções, embora nos últimos anos com particular ênfase em acções de marketing.
E é de marketing que se trata, iniciativa desenvolvida pela agência criativa MSTF Partners para a Associação de Valorização do Chiado, com resultados que aquela empresa diz estarem a ter enorme repercussão "pois coloca o nome de Portugal e do Chiado no mundo", diz Tomás Froes, da Partners, que vai monitorizando o crescente número de vezes que o código é acedido, principalmente pelos turistas a quem se destina esta experiência.
O QR Code inserto na calçada portuguesa - disposto numa área aproximada de um metro quadrado -, entre a livraria Sá da Costa e a loja Paris em Lisboa, logo a seguir ao cruzamento das ruas Garrett e Serpa Pinto, e imediatamente antes do início do bloco de esplanadas das cafetarias, acede-se com telemóvel de última geração (vulgo smartphone), que descodifica a mensagem, se para tal se tiver descarregado uma aplicação específica.
O sistema funciona, embora em algumas ocasiões possa não ser bem sucedido. "Acontece que em determinadas horas a luz solar poderá perturbar a leitura da pedra pela câmara", justifica o publicitário.
Experiência sonora
Diz ainda Tomás Froes que, na fase de lançamento, no Chiado, a ideia foi criar uma experiência de som, ouvindo-se o ruído dos martelos dos calceteiros (da escola camarária) que moldam a pedra, acompanhado de contextualização da história da calçada portuguesa. "Acabou de ler o primeiro código QR do mundo feito em calçada portuguesa", é a mensagem de estrada de tal experiência, disponível em português e em inglês. Num segundo nível de informação foram acrescentadas informações turísticas e comerciais sobre a oferta cultural, gastronómica, hoteleira e de comércio no Chiado.
Tomás Froes conta que foi nas comemorações do Dia de Portugal, a 10 de Junho, em Barcelona, numa acção do Turismo de Portugal, que a Partners apresentou um protótipo do código com os seus pixel pretos e brancos formados em pedras de calçada portuguesa.
Aquele código QR, que também poderá redireccionar o leitor para conteúdos publicados em alguns sítios na Internet, foi criado pela japonesa Denso-Wave, originalmente para identificar peças na indústria automobilística, empresa que não patenteou a invenção, pelo que a sua utilização desde sempre é livre para quem o quiser utilizar.