Teste pré-natal para despistagem de Trissomia 21 gera controvérsia na Alemanha
O teste, comercializado sob a designação PrenaTest, está acessível desde segunda-feira e apenas para mulheres entre a 12.ª e 14.ª semana de gestação, altura em que o diagnóstico se torna mais fiável, explicou, em declarações ao diário francês Le Monde, a Lifecodexx, fabricante alemã responsável pelo lançamento.
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O teste, comercializado sob a designação PrenaTest, está acessível desde segunda-feira e apenas para mulheres entre a 12.ª e 14.ª semana de gestação, altura em que o diagnóstico se torna mais fiável, explicou, em declarações ao diário francês Le Monde, a Lifecodexx, fabricante alemã responsável pelo lançamento.
Segundo o fabricante, o teste permite determinar se o feto padece de qualquer anomalia genética através da recolha de uma simples amostra de sangue. Com o procedimento, é possível detectar a presença de três cromossomas, em vez dos habituais dois, no par 21, anomalia que caracteriza esta doença também conhecida por Trissomia 21. A Lifecodexx descreve o procedimento como “uma alternativa sem riscos” e “menos invasiva” do que a habitual amniocentese.
O PrenaTest apresenta uma fiabilidade de 95%, garantiu ao PÚBLICO Elke Decker, assessor de imprensa do fabricante alemão, e tem um custo de 1250 euros. A Lifecodexx não prevê a comercialização em Portugal do teste, que está para já também disponível no mercado suíço.
Devido à contestação manifestada por 30 associações pró-vida filiadas na Federação Internacional de Síndrome de Down, esta organização, com presença em 16 países, já pediu a intervenção do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem com vista a ver reconhecido o direito à vida de pessoas trissómicas.
O PÚBLICO tentou contactar a Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21, mas não obteve até ao momento qualquer resposta.