Deco acusa Pingo Doce de prejudicar segurança e comodidade dos consumidores

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Foto: Ricardo Silva (arquivo)

“Todas as medidas tomadas pelos comerciantes para restringir este tipo de pagamentos não vêm num bom sentido para os consumidores, porque estes vão passar a ter de transportar mais dinheiro. Portanto, em termos de segurança e de comodidade, não são medidas boas para os consumidores”, afirmou à Lusa o dirigente desta associação de consumidores.

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“Todas as medidas tomadas pelos comerciantes para restringir este tipo de pagamentos não vêm num bom sentido para os consumidores, porque estes vão passar a ter de transportar mais dinheiro. Portanto, em termos de segurança e de comodidade, não são medidas boas para os consumidores”, afirmou à Lusa o dirigente desta associação de consumidores.

O PÚBLICO noticiou nesta terça-feira que, a partir de 1 de Setembro, o Pingo Doce vai deixar de aceitar pagamentos com cartões de multibanco e de crédito em compras com valor inferior a 20 euros. Numa nota escrita, que já começou a ser distribuída a alguns clientes, a empresa refere que a medida vai permitir uma poupança anual superior a cinco milhões de euros.

Jorge Morgado diz compreender a posição dos comerciantes, que, segundo o próprio, há muitos anos reclamam contratos mais favoráveis para a utilização de cartões de pagamento, mas refere que o problema não deve ser transferido para os consumidores.

Questionado sobre se a Deco costuma receber queixas neste tipo de situações, Jorge Morgado foi claro: “A Deco recebe queixas quando isto não está devidamente afixado e informado. Sempre que os comerciantes não aceitem determinados tipos de pagamento, ou só o aceitem a partir de determinado montante, isso deve estar devidamente avisado e afixado na loja.”

Como solução para este problema, o secretário-geral da Deco sugeriu o ressurgimento do porta-moedas electrónico.

“Talvez fosse uma boa medida, nessa renegociação da utilização de cartões, o ressurgimento do porta-moedas electrónico. Talvez fosse a forma de contentar os comerciantes e de resolver os problemas dos consumidores”, concluiu.