Dois mortos em queda de aeronave na região de Braga
“Os Sapadores foram accionados pelas 16h10, tendo chegado ao local para desencarcerar as vítimas mortais, não se tendo registado qualquer incêndio, nem outras vítimas”, disse à Lusa fonte do BSB.
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“Os Sapadores foram accionados pelas 16h10, tendo chegado ao local para desencarcerar as vítimas mortais, não se tendo registado qualquer incêndio, nem outras vítimas”, disse à Lusa fonte do BSB.
A Autoridade Nacional de Protecção Civil informou na sua página na Internet, que pelas 16h9 uma aeronave ligeira caiu junto a uma habitação em S. Pedro, no concelho de Braga. No local encontra-se desde as 16h49 um técnico do Instituto Nacional de Aviação Civil no Teatro de Operações (TO).
O presidente do Aeroclube de Braga, ao qual pertencia a aeronave que hoje caiu naquele concelho, afirmou que o piloto de 75 anos tinha “milhares de horas de voo”.
Além do piloto morreu também o outro ocupante de 80 anos, ambos residentes na região bracarense.
Francisco Andrade, presidente do aeroclube, disse à Lusa que o piloto era “muito experiente, já tinha até sido instrutor e tinha milhares de horas de voo”.
“O acidente não se ficou a dever a qualquer problema mecânico, disso tenho a certeza absoluta”, afirmou Francisco Andrade que adiantou que no domingo chegam dois técnicos vindos de Lisboa, para apurar as razões da queda.
A avioneta, modelo “Paulistinha 56 CU”, fora uma oferta do Presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira, quando este visitou Portugal.
A aeronave, com mais de 40 anos, “afocinhou” no terreno a dois metros de uma habitação em Palmeira, junto ao aeródromo, em são Pedro, numa zona rural do concelho de Braga.
Um sócio do aeroclube, José Oliveira, em declarações à Lusa afirmou que o piloto tinha feito mais 11.000 aterragens, e que o aparelho “estava impecável, tinha até levado um motor novo”.
O associado lamentou a perda desta peça de colecção, do aeroclube. Tina Santos, a proprietária do terreno, afirmou à Lusa que estava a dormir quando ouviu um “valente estrondo”, mas quando chegou à porta já a avioneta estava “enterrada”.
Agostinho Santos, que testemunhou a queda a partir de um logradouro a 10 metros, afirmou que viu “o pequeno avião a voar a uma altitude muito baixa e inclinado”. “Vi logo que ia cair”, rematou.
Segundo Francisco Andrade os dois ocupantes “terão tido morte imediata”. As autoridades presentes no local, bombeiros e polícia, não prestaram declarações.