Robô aterrou sem problemas em Marte e já enviou uma fotografia

O robô, que já enviou uma primeira fotografia, vai procurar sinais que mostrem se, no passado, houve condições ambientais que sustentassem vida microscópica

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Obama já disse que esta aterragem é uma “façanha tecnológica sem precedentes

O robô Curiosity aterrou com sucesso no planeta Marte. O robô da NASA chegou ao Planeta Vermelho às 6h31 desta segunda-feira (hora portuguesa).“O contacto com o solo foi confirmado”, anunciou um membro da missão de controlo, levada a cabo a partir do Jet Propulsion Laboratory (JPL), em Pasadena, a leste de Los Angeles. 

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O robô Curiosity aterrou com sucesso no planeta Marte. O robô da NASA chegou ao Planeta Vermelho às 6h31 desta segunda-feira (hora portuguesa).“O contacto com o solo foi confirmado”, anunciou um membro da missão de controlo, levada a cabo a partir do Jet Propulsion Laboratory (JPL), em Pasadena, a leste de Los Angeles. 

Os membros da missão de controlo explodiram de alegria perante o anúncio da aterragem do robô, no final de uma descida de sete minutos extremamente delicada mas que decorreu exactamente como previsto. Esta aterragem no Planeta Vermelho era especialmente importante para os cientistas.

A história das missões a Marte está recheada de falhanços. Desde 1960, das 39 missões que se realizaram, 26 falharam, muitas delas mal saíram da Terra. Não é por acaso que o planeta é conhecido como um cemitério de sondas. 

Pouco depois da aterragem o robô enviou uma primeira fotografia, com uma definição descrita como impressionante, o que suscitou uma segunda explosão de alegria por parte da equipa. Após a aterragem, o director da missão disse que o Curiosity tinha atingido a superfície de Marte a um suave ritmo de 0,6 metros por segundo.

“Estamos novamente em Marte e isso é absolutamente incrível”, disse o administrador da NASA Charles Bolden. “Não podia ser melhor que isto”. O robô (um Rover) foi programado ao pormenor pela agência espacial norte-americana NASA para descer e aterrar na cratera Gale.

O local foi escolhido para se procurarem sinais que mostrem que, no passado, houve condições ambientais que sustentassem vida microscópica. Engenheiros e cientistas que trabalharam neste projecto durante os últimos dez anos tiveram que esperar nervosamente pela aterragem com sucesso na superfície de Marte - momento descrito como “sete minutos de terror”, o tempo que demorou a chegada ao solo - e ainda mais 13 longos minutos até que o robô desse “sinais de vida”. 

Mitch Schulte, cientista da NASA, disse à BBC que este é “mais um passo em frente na exploração do nosso sistema solar... Este é o próximo grande passo”. O perito espera agora que seja possível descobrir se “houve condições favoráveis em Marte para que a vida tenha existido ali”. 

O Curiosity é um laboratório andante de seis rodas, com dez instrumentos científicos. Mede três metros de comprimento e 2,8m de largura, uma altura máxima de 2,1 metros e um braço para fazer experiências. Tem 899 quilos: em comparação, o Opportunity, o Rover da NASA da geração anterior, que há mais de oito anos rola pela paisagem marciana, pesa menos de um quarto. 

Com um orçamento de 2,5 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros), a missão Curiosity deverá durar dois anos. Barack Obama já reagiu a esta aterragem afirmando que se trata de uma “façanha tecnológica sem precedentes”, declarou o Presidente americano.

“A aterragem com sucesso do Curiosity - o mais avançado laboratório a pousar noutro planeta - constitui uma façanha tecnológica sem precedentes que permanecerá como um marcador do orgulho nacional no futuro”, indicou Obama em comunicado.