Os Ornatos Violeta precisam de perguntas
Soube-se primeiro que haveria dois concertos, um no Coliseu de Lisboa, a 25 de Outubro, outro no do Porto, dia 30 do mesmo mês. Esgotados os bilhetes em três dias, duas novas datas foram marcadas para os mesmos locais, a 26 em Lisboa, a 31 no Porto.
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Soube-se primeiro que haveria dois concertos, um no Coliseu de Lisboa, a 25 de Outubro, outro no do Porto, dia 30 do mesmo mês. Esgotados os bilhetes em três dias, duas novas datas foram marcadas para os mesmos locais, a 26 em Lisboa, a 31 no Porto.
E, antes de todos eles, a banda de “Cão!” estará no Festival Paredes de Coura a 17 de Agosto. Nele, a banda de Manel Cruz, Nuno Prata, Peixe, Kilnorm e Elísio Donas interpretará na íntegra “O Monstro Precisa de Amigos”, o álbum editado em 1999 que, com singles como “Ouvi dizer”, “Chaga” e “Capitão Romance”, transformou uma banda de culto fortíssimo num fenómeno geracional ímpar.
Para ajudar à celebração, vamos descobrir o que lhes passa pela cabeça, o que desejam dos concertos, o que será a vida depois deles. Vamos? Corrijamos. Vão os leitores do PÚBLICO. A partir de hoje, podem-nos enviar as perguntas que desejem colocar aos Ornatos Violeta. Iremos recolhê-las até ao próximo domingo, dia 5. Delas, serão escolhidas vinte. E os Ornatos respondem. Para podermos todos assistir ao concerto de Paredes de Coura mais informados.
Com dois álbuns apenas, a banda portuense marcou um momento na música portuguesa recente, através de uma visão do rock que, sem perder a sua carga emotiva, se abria a sugestões de balanço funk ou uma notável ambição pop para dar um corpo maior às celebradas letras de Manel Cruz. Após a separação, os membros dos Ornatos Violeta desdobraram-se em novos projectos, como os Pluto de Manel Cruz e de Peixe, os Zelig, também de Peixe, o projecto Foge Foge Bandido de Manel Cruz ou trajecto a solo de Nuno Prata.
A recusa em reunirem-se nascia de um desejo de preservação de memória, de uma saudável vontade de olhar em frente em vez de regressar ao passado. A reunião será um momento de celebração: da geração que os acompanhou enquanto existiram, da geração que os descobriu quando a banda já se tinha desdobrado em novas aventuras.