Pop in the City: a invasão das mulheres
Criar uma peça de arte num atelier de design ou cozinhar um prato tradicional num restaurante antigo. Tudo pode acontecer no Pop in the City - a corrida urbana apenas para mulheres
Fugir da rotina e sair da zona de conforto. Este é o mote para o Pop in the City. Uma espécie de corrida urbana organizada por mulheres e para mulheres. A ideia é juntar um grupo de mulheres de várias nacionalidades para conhecerem, de uma forma divertida, uma cidade da Europa. O prémio? Vai ser oferecida a inscrição para o próximo Pop in the City à equipa vencedora.
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Fugir da rotina e sair da zona de conforto. Este é o mote para o Pop in the City. Uma espécie de corrida urbana organizada por mulheres e para mulheres. A ideia é juntar um grupo de mulheres de várias nacionalidades para conhecerem, de uma forma divertida, uma cidade da Europa. O prémio? Vai ser oferecida a inscrição para o próximo Pop in the City à equipa vencedora.
Marie, Clémentine e Sophie são francesas e estão por detrás deste evento que terá a primeira edição na cidade do Porto, no dia 15 de Setembro.
Quando, em 2011, estiveram no Porto "foi óbvia" a escolha desta cidade para estrear a corrida urbana: "pessoas simpáticas, uma história cultural bastante rica, uma arquitectura espectacular e muita criatividade", contam ao P3. "O contexto perfeito, tal como tínhamos imaginado, para os desafios do Pop in the City", observa Clémentine Charles.
Durante um dia, vários grupos de duas mulheres vão enfrentar cinco desafios que se dividem em temas: desporto, extremo, solidariedade, arte e cultura. Cada desafio tem uma ligação com a cidade e os seus habitantes. As provas apenas serão conhecidas quando as equipas chegarem ao local. Mas podem ser, por exemplo, criar uma peça de arte num atelier de um designer conhecido, cozinhar e provar um prato tradicional num dos restaurantes mais antigos da cidade, ou até algo que esteja relacionado com as águas calmas do rio Douro.
Para apimentar as coisas, o uso do telemóvel não é permitido. Algo que encoraja as participantes a pedir ajuda aos habitantes locais, por exemplo, pedir boleia ou dicas sobre cada desafio.
As inscrições começaram em Abril e neste momento "chegaram ao limite máximo de participantes - 250 pessoas", o que significa que o Pop in the City Porto está completo, mas "a próxima edição está para breve", explica Clémentine.
Também "há equipas portuguesas" entre as participantes, mulheres portuguesas que vivem em França ou que têm família portuguesa "e têm uma vantagem: não vão ter problemas com o idioma".
O objectivo do Pop in the City é proporcionar às participantes momentos e recordações que, geralmente, as pessoas não o têm quando visitam uma cidade enquanto turistas. Clémentine explica: "quando viajamos, acaba por ser aborrecido a forma como as pessoas 'tratam' os turistas, ou seja, mandam-nos ir aos sítios que toda a gente vai e o que fica de fora, por vezes, é o mais interessante de cada cidade".
"Queremos conhecer, realmente, as pessoas que vivem nas cidades e sentir cada local, ter acesso a sítios que normalmente estão 'proibidos' aos turistas". É isso que esperam que aconteça durante o Pop in the City.
E a pergunta impõe-se: porquê apenas mulheres? "Porque num ambiente só para mulheres há mais solidariedade, diversão e menos competitividade, até porque as mulheres competem contra elas próprias e não entre todas; participam pela experiência e não pelo prémio", explica Clémentine.