Carta de Portas ao CDS reconhece que impostos atingiram o limite

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Paulo Portas Enric Vives-Rubio

No extenso texto, Portas assegura que "no trabalho em coligação existe essa consciência comum de que Portugal e a sua circunstância excepcional são o primeiro valor e o valor mais alto". E afirma "que o nosso mandato não é um sprint mas uma maratona".

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No extenso texto, Portas assegura que "no trabalho em coligação existe essa consciência comum de que Portugal e a sua circunstância excepcional são o primeiro valor e o valor mais alto". E afirma "que o nosso mandato não é um sprint mas uma maratona".

"O nível dos impostos já atingiu o seu limite", prossegue a carta, sublinhando que durante o período de vigência do memorando "não é possível baixar a carga fiscal". Depois da redução do défice, Paulo Portas acena com uma reforma fiscal que alargue a base tributária "de modo a que os que fogem ao fisco passem a pagar". Portas assinala alguns eixos da acção governativa em questões sociais, agricultura, saúde, educação, segurança e justiça. "Está finalmente aberto o caminho para os julgamentos rápidos dos crimes cometidos em flagrante delito", congratula-se.

Na missiva, o presidente do CDS destaca a importância das eleições de 14 de Outubro nos Açores e pede à militância que se empenhe "fortemente nas eleições locais de 2013". Ou seja, não há desdém sobre o próximo ciclo eleitoral. A carta, que deveria ter sido enviada aos militantes no passado domingo, na tarde de ontem ainda foi objecto de últimos retoques do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.