Ao segundo dia, fomos a Londres e Brooklyn em Algés
Sei do que tenho vontade de ouvir nos próximos tempos: Marcus Mumford, dos Mumford & Sons, e Peter Silberman, dos The Antlers
Sábado pus de lado a ideia de que cumpriria o percurso que tinha desenhado para o segundo dia de festival. O cancelamento do concerto de Florence + The Machine já impossibilitava uma parte e acabei por me surpreender com bandas que não estavam incluídas no meu modesto plano. Ainda bem que o infringi.
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Sábado pus de lado a ideia de que cumpriria o percurso que tinha desenhado para o segundo dia de festival. O cancelamento do concerto de Florence + The Machine já impossibilitava uma parte e acabei por me surpreender com bandas que não estavam incluídas no meu modesto plano. Ainda bem que o infringi.
O meu fim de tarde começou com os Here We Go Magic, banda de indie rock americana que tocou para um público, em grande parte, sentado. A ideia também me pareceu confortável e o som do grupo de Brooklyn soa bem mesmo assim, sem bater o pé no chão. Um concerto curto e que proporcionou boas vibrações ao arrancar do festival.
Foram os aprumadinhos Noah and The Whale que, pouco depois, fizeram o público levantar-se para os ouvir. Na sua estreia em Portugal, a banda londrina não desiludiu a plateia e vice-versa, já que a audiência foi mostrando que estava a gostar e com vontade de dançar.
Voltando a Brooklyn: os incríveis The Antlers. A voz de Peter Silberman encheu o palco Heineken e a actuação dos quatro amigos foi uma das que mais gostei na noite de dia 14. “Isto é o que se chama intensidade musical”, disseram ao meu lado. Concordei. A banda de indie-rock norte-americana quase emocionou (ou foi só a mim?) o público daquele palco secundário.
“É sempre bom tocar num concerto em frente à praia”, disse Silberman. Tentei esquecer que a praia de que o líder da banda falava era a praia de Algés e, entusiasmada com o concerto, aquilo de que efectivamente me esqueci foi de que no palco principal os Mumford & Sons já se estreavam em Portugal.
Despedi-me dos The Antlers a correr, ao mesmo tempo que me tentava consolar com o facto de que os poderia sempre ouvir em casa. A corrida compensou — fui mesmo bem recebida quando cheguei ao palco principal: “But tell me now where was my fault/ in loving you with my whole heart?”. Os Mumford & Sons, banda de folk rock de Londres, tocavam "White Blank Page" e uma multidão de portugueses e estrangeiros vibravam. “So glad we’re here”, disse Marcus Mumford. “Também nós”, terá pensado a audiência, onde eu me incluía, e que, segundo Mumford, mimou a banda londrina. Considerados dos melhores grupos britânicas em palco (e com razão), despediram-se com "The Cave", um dos singles mais apreciados pelo público que cantou até ao ultimo minuto.
Depois de The Antlers e de Mumford & Sons pensei que pouco me poderia entusiasmar tanto. E tinha razão. Morcheeba, por todos vista como a banda que à última hora foi chamada para tapar um buraco, foi uma viagem no tempo que me fez voltar a cantar “You and me/ we're meant to be... Walking free in harmony”. Mas não muito mais do que isso.
Em relação aos The Cure, cabeça de cartaz deste segundo dia de festival, devo confessar que era apenas conhecedora dos clássicos sons da banda. "My fault." As outras músicas, que fiquei a conhecer, não me conseguiram prender ao palco principal durante três horas.
Chegada a casa, sei do que tenho vontade de ouvir mais nos próximos tempos. Conto com a companhia de Marcus Mumford e Peter Silberman.