Havia uma tartaruga gigante em forma de roda há 60 milhões de anos

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Uma representação da nova espécie de tartaruga Liz Bradford

A descoberta foi feita no Norte da Colômbia, em La Puente, um sítio arqueológico que fica perto da mina de carvão Cerrejón, por uma equipa internacional liderada por Carlos Jaramillo, paleontólogo do Instituto Tropical Smithsonian do Panamá.

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A descoberta foi feita no Norte da Colômbia, em La Puente, um sítio arqueológico que fica perto da mina de carvão Cerrejón, por uma equipa internacional liderada por Carlos Jaramillo, paleontólogo do Instituto Tropical Smithsonian do Panamá.

Deste local já tinham surgido outros gigantes como a Titanoboa, uma serpente constritora que teria entre 12 a 15 metros de comprimento e um metro de largura máxima. A serpente terá sido contemporânea da tartaruga descoberta agora.

A nova espécie, de acordo com os investigadores, parece ser rara. Os cientistas encontraram o crânio de um indivíduo e pedaços da carapaça de vários indivíduos, alguns parciais e outros quase completos.

O réptil teria uma carapaça muito redonda e um corpo achatado. Esta configuração aumentaria a área do corpo exposta à luz solar, o que seria uma adaptação da tartaruga, que, sendo um réptil, tinha sangue frio.

Os investigadores defendem que estas descobertas vão construindo uma fotografia da evolução das espécies nas regiões tropicais da América do Sul após o fim dos dinossauros, há 65 milhões de anos.

Quanto às relações ecológicas entre os animais, a equipa tenta adivinhar o que se passava naquela região há 60 milhões de anos, no período Paleogénico. Edwin Cadena, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que fez parte deste projecto, defende que o formato circular da tartaruga terá desencorajado predadores como a Titanoboa, já que o diâmetro da carapaça deveria ser maior do que a expansão máxima da boca da serpente.