Pistas de leitura para compreender o universo “higgsiano”
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Suponhamos que o Higgs é um jornalista e que as outras partículas subatómicas são figuras políticas que atravessam uma sala (o Universo). O movimento - a velocidade de deslocação - de cada político dentro do grupo de jornalistas (o campo de Higgs) será mais ou menos lento dependendo do número de jornalistas que os querem entrevistar e que se aglutinam à sua volta.
Quanto mais jornalistas (mais Higgs) o político tiver a travar a sua passagem, maior o peso mediático desse político... ou seja, maior a massa dessa partícula. Pelo contrário, um político que ninguém está interessado em entrevistar será mais leve (terá menos massa) e poderá deslocarse no meio dos jornalistas sem abrandar tanto, interagindo muito menos com o campo de Higgs.
Supersimetria ou SUSYO Modelo-Padrão é uma forma artificial de explicar a existência do Universo e os físicos acreditam que deve haver uma teoria mais "natural".
A supersimetria é uma das candidatas possíveis: é uma teoria que estende o Modelo-Padrão, criando para cada uma das partículas desse modelo "partículas-parceiras" - uma espécie de "tabela-sombra" da Física. O número de partículas mais do que duplica em relação ao Modelo-Padrão, porque para o bosão de Higgs existem cinco parceiras. Não há ainda nenhuma prova directa da existência destas partículas supersimétricas - e, por isso, a descoberta de um bosão de Higgs compatível com as previsões da supersimetria seria uma estreia absoluta.