Ouvir o que quero no Optimus Alive

Com o mês de Julho a aproximar-se, além das férias, há outra coisa que quero planear: o meu percurso no Optimus Alive

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A ida a um festival com várias bandas de que gostamos tem o inconveniente de nos colocar perante decisões difíceis. Várias vezes é preciso optar entre bandas que vão estar em palco à mesma hora e por isso há que delinear uma estratégia para satisfazer os nossos ouvidos.

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A ida a um festival com várias bandas de que gostamos tem o inconveniente de nos colocar perante decisões difíceis. Várias vezes é preciso optar entre bandas que vão estar em palco à mesma hora e por isso há que delinear uma estratégia para satisfazer os nossos ouvidos.

O festival começa a uma sexta-feira 13, mas com sorte vou ouvir tudo o que quero. A ideia — a minha, — é chegar na sexta-feira ao fim da tarde ao Passeio Marítimo de Algés. Para me receber? Dum Dum Girls, uma banda californiana composta apenas por mulheres, pouco conhecida e que me chegou aos ouvidos há pouco tempo. Tocam um dream pop/garage rock fácil de gostar e parecem-me um bom ponto de partida para o festival.

Entre a banda das quatro amigas e o concerto dos irlandeses Snow Patrol, banda de rock alternativo já com 18 anos de história, há tempo para ouvir uma outra Miúda — o projecto de Mel, Pedro Puppe, Tiago Bettencourt e Fred — e com eles cantar “Eu durmo com quem eu quero e faço o que me apetece”.

Depois do jantar, tenho muito curiosidade em ouvir a excêntrica norte-americana Santigold que deverá apresentar o seu mais recente álbum “Master of My Make-Believe” — uma mistura de pop dançante, hip-hop e electrónica. “Big Mouth”, uma das músicas do álbum, foi produzida pelos portugueses Buraka Som Sistema.

Para acabar a noite vou optar pelo duo francês de electrónica, Justice. Não quero ir dormir sem ouvir Gaspard Augé e Xavier de Rosnay tocar “because we are your friends, you will never be alone again”.

Mais dois dias

No dia 14 as bandas que mais tenho vontade de ouvir são britânicas: Mumford & Sons e Florence & The Machine. A primeira estreia-se em Portugal, já Florence está pela segunda vez no Optimus Alive e pela terceira no nosso país.

De Mumford & Sons, banda de folk rock altamente conceituada em Inglaterra, podemos esperar um grande concerto — têm sido considerados das melhores bandas britânicas ao vivo. Esperemos que Florence também nos surpreenda, desta vez num palco de maior destaque que no festival de há dois anos.

Entre estas duas bandas ninguém fica a perder se continuar no palco Optimus para ouvir os portugueses We Trust e os londrinos Noah & The Whale. À meia noite, pode reviver-se os anos 80 com os cabeças de cartaz The Cure e pela noite dentro tenho vontade de ouvir o ex-membro dos LCD Soundsystem James Murphy, acompanhado por Pat Mahoney.

The Kooks é mesmo música de domingo e, por isso, dia 15, às 19h35, conto assistir ao concerto que nos traz um típico britpop de meados da década passada. Numa onda diferente — mais indie rock mas também britânica — pode ouvir-se às 20h20 os The Maccabees que no início deste ano lançaram o seu terceiro álbum “Given To The Wild”. Vale a pena ouvir.

Com a opção por The Maccabees vai ser preciso uma corridinha do palco Heineken até ao Palco Optimus para ouvir Caribou, actualmente um nome incontornável no pop electrónico. Finalmente às 22h30 o nome que fez esgotar os bilhetes para este dia do festival: os históricos Radiohead que pela quinta vez vão estar em Portugal, e que pela primeira vez vou ver ao vivo.

A fechar o festival, Metronomy, uma banda que protagonizou um dos álbuns sensação de 2011 e cuja actuação ao vivo está carregada de expectativa pelo público português. Planeado o meu percurso no festival, já só falta planear o resto das férias.